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CIDADE DO CABO, África do Sul, 3 de abril de 2019
CIDADE DO CABO, África do Sul, 3 de abril de 2019 /PRNewswire/ -- O Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), instituição financeira multilateral estabelecida pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS) em 2014, planeja quase dobrar sua carteira de empréstimos para US$ 16 bilhões neste ano e aumentar seu impacto, à medida que o banco procura ampliar suas parcerias globais de desenvolvimento e mobilizar mais capital institucional e privado. Esses anúncios foram feitos durante a 4a Reunião Anual do NBD na Cidade do Cabo, África do Sul, que reuniu autoridades governamentais de alto escalão dos países do BRICS, líderes de instituições de desenvolvimento multilaterais e nacionais, pesquisadores ilustres, banqueiros comerciais proeminentes, dirigentes do setor e representantes de organizações da sociedade civil.
"Em 2019, o banco irá desenvolver um forte ímpeto em suas operações e objetiva dobrar sua carteira de aprovação de empréstimos para cerca de US$ 16 bilhões", disse o presidente do NBD, K. V. Kamath, em seu discurso programático na 4a Reunião Anual da instituição, na Cidade do Cabo, África do Sul. "O banco irá reforçar seus financiamentos em moeda forte de mercados de capitais internacionais".
Em 2018, o NBD aprovou 17 empréstimos, totalizando cerca de US$ 4,6 bilhões, elevando sua base de 13 empréstimos no valor de US$ 3,4 bilhões, até o encerramento de 2017. Isso aumentou a carteira de empréstimos total do banco para 30 projetos, no valor de aproximadamente US$ 8 bilhões, até o final do ano passado.
O NBD também anunciou que, em 31 de março de 2019, seu Conselho de Administração aprovou cinco projetos adicionais, com empréstimos somando aproximadamente US$ 1,2 bilhão, sendo dois projetos na China e três na África do Sul, elevando sua carteira de empréstimos total para US$ 9,2 bilhões, até agora.
Esses cinco projetos novos se referem a RMB 825 milhões (US$ 123 milhões) para o Projeto Integrado de Abastecimento de Água e Saneamento Urbano e Rural de Shengzhou (Fase II), US$ 300 milhões para o Projeto de Restauração Ecológica do Sistema Urbano de Água de Chongzuo em Guangxi, US$ 480 milhões para a Eskom destinados ao Projeto de Proteção Ambiental na Usina Termelétrica de Medupi, ZAR 1,5 bilhão (US$ 80 milhões) para a Corporação de Desenvolvimento Industrial (IDC – Industrial Development Corporation) destinados ao Projeto de Desenvolvimento do Setor de Energia Renovável e ZAR 3,2 bilhões (US$ 220 milhões) para a Trans Caledon Tunnel Authority (TCTA) da Africa do Sul para aplicar no Projeto Águas das Montanhas de Lesoto (Fase II).
Durante a 4a Reunião Anual do Conselho de Governadores do NBD, seus membros definiram uma orientação estratégica para o banco e avaliaram o crescimento do portfólio de empréstimos do banco.
O NBD foi estabelecido para mobilizar recursos para projetos de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável nos estados membros, bem como em outras economias emergentes e o banco está firmemente comprometido com o apoio à política de desenvolvimento sustentável dos países membros.
"A participação dos países do BRICS no PIB do mundo, em termos de PPC, cresceu de 30% para 36% desde 2010. Esse crescimento colocou pressões progressivas sobre os recursos naturais e o meio ambiente. Felizmente, entretanto, nossos membros reconheceram explicitamente essas pressões e estão investindo, cada vez mais, na reparação de alguns danos do passado. Nossos membros também estão se focando na implementação de estratégias de desenvolvimento destinadas a minimizar impactos adversos no futuro. Nesses dois empreendimentos, eles pedem ajuda ao banco", disse Kamath em seu discurso programático.
Ao manter esse tema da sustentabilidade na Reunião Anual deste ano, o banco anunciou que assinou contrato de empréstimo de US$ 180 milhões com a Eskom, para financiar a integração de 670 megawatts (MW) de energia renovável à rede elétrica da África do Sul, bem como um empréstimo de US$ 300 milhões, em duas etapas, ao Banco de Desenvolvimento da África do Sul (DBSA – Development Bank of Southern Africa) para reduzir emissões de gases do efeito estufa e apoiar a energia renovável na África do Sul.
"Planejamos encerrar o ano com aprovações totais de empréstimos de cerca de US$ 2,3 bilhões na África do Sul", disse K.V. Kamath, acrescentando que a abertura do Centro Regional da África (ARC – Africa Regional Centre), em Joanesburgo, em 2017, ajudou o NBD a fazer progressos na África do Sul. Nos últimos três anos, o NBD aprovou apenas três projetos da África do Sul, no valor de US$ 680 milhões. Destacadamente, os esforços do ARC possibilitaram ao banco identificar seis novos projetos potenciais para 2019, dos quais três, no valor de US$ 780 milhões, foram aprovados em 31 de março (ver mais informações sobre o projeto acima). Agora, o NBD planeja abrir mais escritórios regionais no Brasil e na Rússia e está considerando abrir um escritório regional na Índia, no devido tempo.
K.V. Kamath disse em entrevista coletiva, no encerramento do primeiro dia do evento, que a expansão do número de membros do banco deverá ser discutida na 11a Cúpula do BRICS, que será realizada no Brasil no final deste ano. Ele também prestou mais informações sobre os planos do banco de levantar capital em moedas locais nos mercados em que o NBD concede empréstimos, a fim de reduzir os riscos das taxas de câmbio para os tomadores de empréstimo.
"Iremos ajudar a aprofundar os mercados de capitais e seremos um emissor de títulos qualificado devido a nossa classificação", disse K.V. Kamath. O NBD tem classificações de emissor de crédito de longo prazo AA+, atribuídas pela S&P e pela Fitch.
O vice-presidente e diretor financeiro do NBD, Leslie Maasdorp, acrescentou que o banco recebeu aprovação regulamentar para um programa de títulos da dívida em moeda local de ZAR 10 bilhões na África do Sul
"Estamos nos focando no impacto do desenvolvimento de nossos empréstimos através de monitoramento mais robusto das estruturas e medidas das contribuições de projetos para os compromissos com o SDG de nossos membros", disse K.V. Kamath. "Sustentabilidade permanece, portanto, na essência de tudo o que fazemos".
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FONTE New Development Bank