ETCO: Especialistas discutem soluções para o mercado ilegal

ETCO: Especialistas discutem soluções para o mercado ilegal

PR Newswire

SÃO PAULO, 21 de agosto de 2019

SÃO PAULO, 21 de agosto de 2019 /PRNewswire/ -- O Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) realizou hoje seminário para debater medidas como a revisão de formatos de tributação, relacionamento bilateral com países vizinhos, entre outras frentes, para o combate à ilegalidade.

Para Edson Vismona, presidente do ETCO, a equação é simples: alto lucro e baixo risco. "Uma boa iniciativa para enfrentar o problema pelo lado da demanda foi a criação do Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça para avaliar a possibilidade de uma revisão do sistema tributário do setor de cigarros, o mais afetado pela ilegalidade, com 57% do mercado brasileiro dominado pelo crime organizado".

Luciano Timm, presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP), ressaltou que esse Grupo de Trabalho indicou que o tema precisa ser aprofundado. "O Ministério da Justiça ouviu outros órgãos de governo para subsidiar a visão sobre o tema. Há necessidade de colher mais estudos econômicos para checar se a tributação resulta no aumento do contrabando de cigarros", afirmou.

Adriano Furtado, diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, disse que "temos atuado na fiscalização por meio da integração com outros órgãos para que o contrabando seja cada vez menos atrativo para o crime organizado. "

João Francisco Ribeiro de Oliveira, diretor geral de Operações da Polícia Rodoviária Federal afirmou que "o contrabando, especialmente de cigarros, financia diretamente as organizações criminosas. Para combater esse crime, são fundamentais a integração e o compartilhamento da inteligência entre diferentes órgãos do governo".

Efraim Filho, deputado federal (DEM-PB) e presidente da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Contrabando e à Falsificação disse que "o maior desafio é mudar a cultura, e mudar a cultura é mudar o homem. A sociedade não pode ser tolerante à venda de produtos contrabandeados. Isso acaba inibindo a atividade de empresas de diversos setores, muitas das quais já repensam sua atuação e investimentos no pais. Perde o mercado de trabalho, governo e a sociedade. É um jogo de perde e perde, no qual só ganha o infrator".

Também participaram do evento Alan Dias, delegado da Chefia de Repressão de Crimes Fazendários da Polícia Federal e Bruno Paes Manso, autor do livro A Guerra – A ascensão do PCC".

Flávio Simonetti
(11) 3165-9596

FONTE ETCO

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