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MADRI, 25 de outubro de 2019
MADRI, 25 de outubro de 2019 /PRNewswire/ -- As políticas desenvolvidas pelos últimos governos do Chile foram muito influenciadas pelos conflitos sociais que surgiram, e as decisões estratégicas que foram tomadas estavam mais voltadas para a solução desses problemas de curto prazo do que em melhorar a competitividade, a integração da economia chilena na economia mundial, as reformas estruturais e a redução da desigualdade social.
A desordem que está acontecendo provocou mudanças nas políticas públicas, impulsionando o afastamento para os extremos do tipo populista. Esse cenário sugere que o consenso econômico existente no Chile desde o final da ditadura, que permitiu o crescimento sustentável do país com as melhorias sociais mais relevantes, chegou ao fim. Neste momento, existe risco alto de que a transferência do populismo comprometa o desenvolvimento do Chile. Essas são as principais conclusões da análise que o Instituto Coordenadas de Gobernanza y Economía Aplicada (Instituto de Coordenadas de Governança e Economia Aplicada) conduziu sobre a recente situação social e econômica do Chile e suas perspectivas de futuro.
O modelo econômico do Chile tem sido um indicador de crescimento, redução da pobreza e da desigualdade em todo o continente latino-americano. No cenário de complexidades econômicas e sociais do Cone Sul, o Chile se destacou como uma ilha capaz de criar um sistema que a isolava desses problemas e garantia seu crescimento. Nos últimos anos, no entanto, especialmente desde a crise mundial de 2008, e como consequência da atomização política e social, há uma mudança muito clara nas políticas econômicas que fizeram com que o Chile perdesse posições e competitividade e tivesse menos confiança nos mercados internacionais do que uma década atrás, afirma a análise do Instituto.
Na última década, o ritmo de crescimento da economia chilena diminuiu e, o que é mais sério, de acordo com as previsões dos organismos internacionais mais importantes, a capacidade de crescimento do Chile diminuiu. A razão que explica essa mudança é que as prioridades da agenda política foram marcadas durante esse período pelas solicitações decorrentes dos debates e conflitos sociais emergentes, sem prestar atenção à institucionalidade ou às reformas estruturais necessárias. De acordo com a análise do Instituto, as solicitações de uma política e da disciplina da estratégia voltada para o objetivo comum de crescimento e convergência de renda foram deixadas de lado. Esse objetivo foi entendido como consenso pela sociedade chilena desde a presidência de Patricio Aylwin.
Em vez de consolidar sua singularidade e seu modelo próprio de crescimento, a economia e a política do Chile vêm se aproximando dos países vizinhos, perdendo, em grande parte, seus traços característicos mais antigos e as chaves de sua futura viabilidade. Tudo isso está se transformando em grave risco de diminuição do investimento estrangeiro, no relaxamento da disciplina tributária, com consequentes reduções nas classificações de crédito, e na credibilidade internacional mais baixa. O mercado de trabalho ficou mais forte, e os custos do trabalho dispararam, o que, como a Espanha bem sabe, gera desemprego sistêmico. A análise do Instituto explica que o cenário político chileno está gerando todos os tipos de dificuldades e atrasos para a implementação das reformas necessárias para diversificar o padrão de exportação, aumentar a competitividade, reduzir a burocracia e as barreiras à entrada em alguns setores. Trata-se de um cenário político e social que levou o Chile a perder posições nos relatórios "Doing Business" e "Global Competitiveness Report", que também refletem como outros países o superaram na última década.
Muito em breve, será necessário melhorar a capacidade de treinamento e adaptação dos trabalhadores às novas tecnologias, aumentar a atratividade do país e ter mais flexibilidade na economia, a fim de atrair mais investimentos. O vice-presidente executivo do Instituto de Coordenadas de Governança e Economia Aplicada afirmou que "perder a perspectiva de médio e longo prazo, esquecer a disciplina tributária e orçamentária e voltar-se para as solicitações populistas imediatas é um caminho sem futuro, que uma sociedade como a do Chile, que comprovou sua capacidade de gerar crescimento, emprego, melhorias sociais e riqueza, não consegue arcar com o populismo que a envolve. O Chile é outra coisa".
Jesús Sánchez Lambás, vice-presidente executivo do Instituto de Coordenadas, afirma que "perder a perspectiva de médio e longo prazo, esquecer a disciplina tributária e orçamentária e voltar-se para as solicitações populistas imediatas é um caminho sem futuro, que uma sociedade como a do Chile, que comprovou sua capacidade de gerar crescimento, emprego, melhorias sociais e riqueza, não consegue arcar com o populismo que a envolve. O Chile é outra coisa".
Para obter mais informações, visite: www.institutocoordenadas.com
FONTE Instituto Coordenadas