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SÃO PAULO, 6 de janeiro de 2020
SÃO PAULO, 6 de janeiro de 2020 /PRNewswire/ -- Pacientes e profissionais de saúde que enfrentam a alta taxa de mortalidade do mieloma múltiplo, um tipo agressivo de câncer do sangue, receberam notícias promissoras sobre novas formas de tratar a doença durante o 61º congresso anual da Associação Americana de Hematologia (ASH). A terapia com carfilzomibe, da Amgen, junto com dexametasona e daratumumabe, uma potente combinação para pacientes expostos e/ou refratários a lenalidomida, apresentou sobrevida livre de progressão significativa, com redução de 37% no risco de progressão ou óbito em pacientes com mieloma múltiplo recidivado ou refratário.
Os resultados são do estudo CANDOR, de fase 3, que avaliou o uso do medicamento carfilzomibe em combinação com dexametasona e daratumumabe para tratamento de pacientes com mieloma múltiplo recidivado ou refratário. A combinação também atendeu os principais endpoints secundários, como taxa de resposta global de 84,3%, e resposta negativa para doença residual mínima de 12,5% aos 12 meses – 10 vezes maior em relação aos pacientes tratados apenas com a terapia padrão.
A pesquisa clínica faz parte da união das farmacêuticas Amgen e Janssen. "O estudo CANDOR respalda o potencial da combinação de carfilzomibe e daratumumabe para o tratamento do mieloma múltiplo. As novas informações sobre o estudo CANDOR demonstram a eficácia da união das duas terapias, tornando-as uma alternativa inovadora para os pacientes recidivados ou refratários", comenta a Dra. Tatiana Castello Branco, diretora médica da Amgen Brasil.
O mieloma múltiplo é um câncer hematológico incurável, caracterizado por um padrão recorrente de remissão e recaída no quadro do paciente1. É uma doença rara e que representa aproximadamente 1% de todos os tipos de câncer2. No mundo, cerca de 160 mil pessoas são diagnosticadas com mieloma múltiplo a cada ano e 106 mil mortes de pacientes são relatadas anualmente3. O mieloma múltiplo acomete, principalmente, pessoas a partir dos 70 anos de idade, porém, é cada vez mais comum em pacientes diagnosticados abaixo dessa faixa etária.
No Brasil, a doença é um grande desafio para os pacientes e profissionais de saúde, especialmente, pela dificuldade do diagnóstico precoce da doença. A doença pode ser assintomática ou ter sintomas agressivos como dores e fraturas ósseas, além do cansaço excessivo, que podem ser confundidos com outras patologias. Uma pesquisa realizada pela ABRALE (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia) com 200 pacientes de mieloma de todo o Brasil identificou que 44% dos entrevistados tiveram dificuldades para receber o diagnóstico, sendo que 29% demoraram até um ano para receber o diagnóstico definitivo¹.
Sobre o CANDOR
O estudo CANDOR, um estudo de fase 3 randomizado e aberto que compara carfilzomibe, dexametasona e daratumumabe com carfilzomibe e dexametasona, avaliou 466 pacientes com mieloma múltiplo recidivado ou refratário que receberam entre uma e três terapias anteriores. O desfecho primário foi a sobrevida livre de progressão, e os principais desfechos secundários foram a taxa de resposta global, a doença residual mínima e a sobrevida global. A sobrevida livre de progressão foi definida como o tempo desde a randomização até a progressão da doença ou óbito por qualquer causa.
No primeiro braço, os pacientes receberam carfilzomibe duas vezes por semana a 56 mg/m2 e dexametasona em combinação com daratumumabe. No segundo braço (controle), os pacientes receberam daratumumabe duas vezes por semana a 56 mg/m2 e dexametasona.
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1Jakubowiak A. Management strategies for relapsed/refractory multiple myeloma: current clinical perspectives. Semin Hematol. 2012 Jul; 49 Suppl 1:S16-S32. |
FONTE Amgen