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SÃO PAULO, 13 de janeiro de 2020
SÃO PAULO, 13 de janeiro de 2020 /PRNewswire/ -- "Do ponto de vista da gestão de ativos, o cenário é desafiador, já que os retornos gerados por movimentos direcionais de juros não devem se repetir na mesma magnitude e as oportunidades virão de estratégias alternativas e de renda variável". A opinião é de Rodrigo Octavio Marques de Almeida, CIO do Andbank, banco europeu especializado em gestão de patrimônio para clientes de alta renda. Ele diz ainda que "a situação atual carrega maior volatilidade e as carteiras deverão apresentar um retorno proporcional". De acordo com o CIO, "a aposta, no caso de fundos de investimento, recai em estratégias independentes do tema taxa de juros e que gerem alta no longo prazo".
As orientações de Marques de Almeida estão diretamente relacionadas aos cenários nacional e internacional. No caso do primeiro, o destaque foi a agressiva queda na taxa de juros – a Selic fechou 2019 a 4,5% e a prefixada para 10 anos a 7%. O impacto dessa queda foi visível no comportamento dos ativos. "Papeis prefixados de prazos longos, fundos imobiliários e ações", diz o CIO do Andbank Brasil, "tiveram um desempenho excepcional com a marcação a mercado favorável".
Já o câmbio deverá ficar circunscrito entre US$/R$ 3,90 e US$/R$ 4,30 no curto prazo. "O teto", diz Marques de Almeida, "é dado pela atuação do Banco Central em momentos de stress de mercado e o piso pela redução do diferencial de taxa de juros".
No cenário internacional, o destaque foi a habilidade dos principais bancos centrais de lidar com a redução cíclica do crescimento econômico, o que se refletiu no desempenho dos ativos financeiros globais. Essa política expansionista, segundo o CIO do Andbank Brasil, conseguiu lidar "com outros choques de oferta que vinham sendo desenhados desde 2018". Além disso, a disputa tarifária entre China e Estados Unidos e a saída da Grã-Bretanha da zona do euro foram fontes adicionais de incertezas para o planejamento de longo prazo das empresas.
O CIO do Andbank acredita também que o dólar deverá continuar se fortalecendo, "mas a uma taxa menor". O diferencial de crescimento entre EUA e o resto do mundo deve diminuir, mas não a ponto de gerar um dólar mais fraco.
CONTATO: Beth Guaraldo, bethguaraldo@portaldoconteudo.com.br
FONTE Andbank Brasil