Cocriação, a estratégia mais certeira da inovação

Cocriação, a estratégia mais certeira da inovação

Texto escrito por Thais Antoniolli, Presidente da PR Newswire América Latina

PR Newswire

SÃO PAULO, 13 de janeiro de 2020

SÃO PAULO, 13 de janeiro de 2020 /PRNewswire/ -- Não faz muito tempo, empresas acreditavam que deveriam se isolar para inovar. Clientes, startups, parceiros e até competidores tinham de ser afastados do processo, de preferência separados pelos altos muros corporativos. Contudo, novos tempos demandam novas fórmulas. E para sobreviver no mundo atual, acelerar negócios e atingir em cheio o coração do cliente, a cocriação entrou em cena.

A cocriação permite que empresas colaborem fora do negócio para reunir novas ideias e romper com o status quo. Elas reconhecem que não têm todas as respostas internamente e facilitam que outras pessoas e companhias contribuam para a solução de desafios. Associar conhecimentos, definitivamente, é a melhor forma para promover um go to market mais rápido, gerar mais relevância para o consumidor, criar soluções mais autênticas e otimizar resultados.

Quem mais ganha nesse processo, sem dúvidas, é o cliente. Afinal, associar o conhecimento e a competência do ecossistema é uma estratégia certeira de inovação. E já podemos ver iniciativas do tipo em diversos segmentos. A PR Newswire, empresa global em inteligência de mídia, por exemplo, estabeleceu parceria com o Instituto Lafis para unir dados e criar indicadores de exposição e reputação de marcas.

Outro exemplo de empresa que aposta massivamente na cocriação é a gigante BMW. Desde 2010, a montadora conta com um laboratório de cocriação para que pessoas interessadas em tópicos relacionados a carros, ansiosas para compartilhar suas ideias e opiniões sobre o mundo automotivo do amanhã, possam unir forças com a companhia.

A sueca de móveis Ikea é uma forte referência de cocriação sustentável. A organização desenvolveu uma plataforma robusta para sustentar seu modelo: a Co-Create IKEA, por meio da qual é possível trabalhar diretamente com os consumidores em qualquer projeto. As atividades sempre abrangem pelo menos uma das três áreas principais. 1. Explorando a vida em casa. Pesquisas e outros comentários de clientes para entender "as necessidades emocionais e funcionais" na vida das pessoas normais. 2. Ideias e protótipos, que com base nos resultados da primeira etapa, a equipe da IKEA desenvolve modelos de trabalho com a ajuda dos clientes, e 3. Votação e feedback. Os usuários da plataforma fornecem feedback direto sobre os protótipos em andamento e ajudam a escolher os produtos.

O site IDEAS da Lego é outro excelente exemplo de plataforma de cocriação on-line. O site convida os entusiastas de Lego a postar projetos para novos cenários e a dar feedback sobre os projetos enviados. Se um projeto recebe mais de 10 mil votos, entra em uma fase de revisão em que os cenógrafos e profissionais de marketing da Lego decidem se o produto é viável para produção. O mecanismo de votação motiva os criadores a mobilizar a rede social para votar no projeto, promovendo a marca. Se tudo der certo, ainda tem recompensa. O criador recebe royalties de 1% das vendas líquidas do produto.

Definitivamente, a cocriação veio para ficar. Para as empresas que descobrem como fazê-la bem, as recompensas podem ser muito maiores do que simplesmente contar com uma área de pesquisa e desenvolvimento (P&D). E mais importante, é um recurso essencial para desencadear a vasta criatividade de pessoas que têm um olhar de fora da organização. É o imperativo do século. A pergunta que fica é:  você é corajoso o suficiente para investir de verdade na cocriação?

Informações para contato:

Daniela Penna

E-mail: daniela.penna@pitchcom.com.br

+55 (11) 94145-6532

FONTE Thais Antoniolli

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