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DAVOS, Suíça, 20 de janeiro de 2020
DAVOS, Suíça, 20 de janeiro de 2020 /PRNewswire/ -- Conforme entramos em uma nova década, os presidentes-executivos estão expressando níveis recordes de pessimismo sobre a economia global, com 53% predizendo um declínio na taxa de crescimento econômico em 2020. Esse nível de pessimismo é mais alto do que os 29% de 2019 e de apenas 5% de 2018 – é o maior desde que começamos a fazer essa pergunta em 2012. Em contraste, a percentagem de presidentes-executivos que projetam um aumento na taxa de crescimento econômico caiu de 42% em 2019 para apenas 22% em 2020. Essas foram algumas das principais revelações da 23a pesquisa da PwC com quase 1.600 presidentes-executivos de 83 países, lançada hoje na Reunião Anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça.
O pessimismo dos presidentes-executivos sobre o crescimento econômico global é particularmente significativo na América do Norte, Europa Ocidental e Oriente Médio, com 63%, 59% e 57% dos presidentes-executivos dessas regiões prevendo um crescimento global mais baixo neste ano.
"Devido às incertezas persistentes sobre as tensões comerciais, questões geopolíticas e a falta de acordo sobre como lidar com a mudança do clima, a diminuição da confiança no crescimento econômico não é surpresa – mesmo que a extensão da mudança em estado de ânimo o seja", disse o presidente do conselho da PwC Network, Bob Moritz. "Esses desafios que a economia global enfrenta não são novos. No entanto, a escalada dos desafios e a velocidade com que alguns deles estão acontecendo são novos e a questão-chave para os líderes reunidos em Davos é: como vamos nos juntar para enfrentá-los".
"Um lado bom é o de que, embora impere um pessimismo recorde entre os líderes empresariais, ainda há oportunidades reais para eles. Com uma estratégia ágil, um foco nítido nas expectativas de mudanças das partes interessadas e a experiência que muitos desenvolveram nos últimos dez anos em um ambiente difícil, os líderes empresariais podem superar a retração econômica e continuar a prosperar".
A confiança dos presidentes-executivos no crescimento das receitas declina
Os presidentes-executivos também não estão tão animados sobre as perspectivas de suas próprias empresas para este ano, com apenas 27% dos presidentes-executivos declarando que estão "muito confiantes" no crescimento de suas organizações nos próximos 12 meses – o nível mais baixo que temos visto desde 2009. No ano passado, a percentagem foi de 35%.
Embora os níveis de confiança estejam geralmente baixos em todo o mundo, há uma ampla variação de país para país, com a China e a Índia mostrando os mais altos níveis de confiança entre as principais economias, a 45% e 40% respectivamente, os EUA a 36%, o Canadá a 27%, o Reino Unido a 26%, a Alemanha a 20%, a França a 18% e o Japão tendo os presidentes-executivos menos otimistas, com apenas 11% desses presidentes-executivos muito confiantes no crescimento das receitas em 2020.
Quando perguntados sobre suas próprias perspectivas de crescimento da receita, a mudança na percepção dos presidentes-executivos tem se comprovado um excelente indicador do crescimento da economia global. Ao analisar as previsões dos presidentes-executivos desde 2008, observa-se que a correlação entre a confiança dos presidentes-executivos no crescimento das receitas em 12 meses e o crescimento real obtido pela economia global tem sido muito estreita (ver item 4 nas notas). Se essa análise se mantiver, o crescimento global pode desacelerar 2,4% em 2020, abaixo de muitas estimativas, incluindo a da previsão de crescimento de 3,4% feita em outubro pelo FMI.
A China busca crescimento além dos EUA
De uma maneira geral, os EUA continuam sendo o principal mercado na visão dos presidentes-executivos para crescimento nos próximos 12 meses, a 30%, um ponto percentual acima da China, a 29%. No entanto, os conflitos comerciais e as tensões políticas em andamento causaram um sério esfriamento na atração dos presidentes-executivos da China pelos EUA. Em 2018, 59% dos presidentes-executivos da China apontaram os EUA com um de seus três principais mercados para crescimento. Em 2020, essa perspectiva caiu drasticamente, para apenas 11%. Com a queda dos EUA, sobe a Austrália. Agora, 45% dos presidentes-executivos da China colocam a Austrália entre seus três principais mercados para crescimento. Apenas 9% deles tinham essa preferência há dois anos.
Os outros países colocados nas cinco primeiras posições para crescimento não mudaram do ano passado para cá: Alemanha (13%), Índia (9%) e Reino Unido (9%). Esse é um forte resultado para o Reino Unido, considerando-se as incertezas geradas pelo Brexit. A Austrália se coloca logo atrás dos cinco primeiros colocados, graças à crescente atração que exerce nos presidentes-executivos da China.
Aumentam as preocupações sobre o crescimento econômico incerto
Em 2019, quando perguntados sobre as principais ameaças às perspectivas de crescimento de suas organizações, os presidentes-executivos deixaram o crescimento econômico incerto fora da lista das dez mais preocupantes, classificando-o em 12o lugar. Neste ano, essa preocupação pulou para o terceiro lugar, logo atrás de conflitos comerciais – outro risco que se avolumou nos planos dos presidentes-executivos – e do problema recorrente da regulamentação excessiva, que mais uma vez se posiciona no topo da tabela como a ameaça número um para os presidentes-executivos.
Os presidentes-executivos também estão progressivamente mais preocupados com ataques cibernéticos, com a mudança do clima e com danos ambientais. No entanto, apesar da crescente quantidade de eventos de intempéries extremas do tempo e da intensidade do debate sobre essa questão, a magnitude de outras ameaças continua a eclipsar a mudança do tempo, uma preocupação dos presidentes-executivos que ainda está fora das dez principais ameaças ao crescimento.
Policiamento do espaço cibernético
Enquanto os presidentes-executivos de todo o mundo expressam preocupações claras com a ameaça da regulamentação excessiva, eles também predizem mudanças regulamentares significativas no setor de tecnologia. Globalmente, mais de dois terços dos presidentes-executivos acreditam que os governos irão aprovar nova legislação para regulamentar o conteúdo da internet e da mídia social, bem como a fragmentação das empresas de tecnologia dominantes. A maioria dos presidentes-executivos (51%) também prevê que os governos irão progressivamente compelir o setor privado a compensar financeiramente indivíduos pelos dados pessoais que coletam.
No entanto, os presidentes-executivos estão divididos sobre a possiblidade de os governos encontrarem o equilíbrio certo, na elaboração de regulamentos da privacidade, entre aumentar a confiança do consumidor e manter a competitividade das empresas: 41% dizem que os governos vão encontrar o equilíbrio certo e 43% dizem que não.
O desafio da qualificação adicional
Embora a falta de qualificações essenciais permaneça uma ameaça considerável ao crescimento, os presidentes-executivos concordam que retomar o treinamento e treinar qualificações adicionais constituem a melhor maneira de resolver a falta de qualificação, mas eles não tem feito muito progresso no enfrentamento do problema, com apenas 18% dos presidentes-executivos declarando que fizeram um "progresso significativo" no estabelecimento de um programa de qualificação adicional. Essa percepção é compartilhada pelos trabalhadores. Em uma pesquisa da PwC separada, 77% de 22.000 trabalhadores entrevistados no mundo disseram que gostariam de aprender novas habilidades ou retomar o treinamento, mas apenas 33% sentem que tiveram a oportunidade de desenvolver habilidades digitais fora de suas funções normais.
"A qualificação adicional será uma das questões essenciais, entre as discutidas nesta semana em Davos. Os líderes empresariais, os educadores, o governo e a sociedade civil devem trabalhar juntos para assegurar que as pessoas de todo o mundo continuem produtivamente engajadas em trabalhos significativos e recompensadores. Os líderes devem exercer um papel essencial. Embora as pessoas possam sentir receios sobre o futuro, elas querem aprender e desenvolver. Assim, elas esperam que os líderes ofereçam um caminho confiável para o futuro", acrescentou Bob Moritz.
Mudança do clima – desafio ou oportunidade?
Apesar de a mudança do clima não aparecer entre as dez principais ameaças de crescimento detectadas pelos presidentes-executivos, eles estão expressando uma crescente apreciação ao lado positivo de tomar providências para reduzir a pegada de carbono. Em comparação com uma década atrás, quando fizemos essa pergunta pela última vez, os presidentes-executivos estão agora duas vezes mais propensos a "concordar fortemente" que investir em iniciativas relacionadas à mudança do clima irá impulsionar a vantagem de reputação (30% em 2020, em comparação com 16% em 2010). E 25% dos presidentes-executivos hoje, em comparação com 13% em 2010, veem as iniciativas da mudança do clima resultando em novas oportunidades para suas organizações em oferta de produtos e serviços.
Embora a visão de que a mudança do clima irá gerar oportunidades de oferta de produtos e serviços tenha permanecido relativamente estável nos EUA e no Reino Unido, ocorreu uma mudança significativa na visão da China, nos últimos dez anos. Em 2010, apenas 2% dos presidentes-executivos da China observaram que a mudança do clima poderia trazer oportunidades. Em 2020, essa perspectiva mudou para 47%, de longe o maior número de presidentes-executivos com essa convicção, em qualquer país incluído na pesquisa. No entanto, para essas oportunidades se converterem em histórias de sucesso de longo prazo, os princípios da mudança do clima precisam ser absorvidos por toda a cadeia e suprimento das empresas e pela experiência dos consumidores.
Notas:
Faça o download do relatório em ceosurvey.pwc. Vídeo do lançamento da Pesquisa Global de Presidentes-executivos em Davos e mais material para a mídia estão disponíveis em press.pwc.com.
A PwC realizou 1.581 entrevistas com presidentes-executivos em 83 países, entre setembro e outubro de 2019. Nossa amostra é ponderada pelo PIB nacional, para assegurar que as visões dos presidentes-executivos sejam razoavelmente representadas em todas as principais regiões. 7% das entrevistas foram conduzidas por telefone, 88% on-line e 5% por correio ou pessoalmente. Todas as entrevistas quantitativas foram realizadas confidencialmente. 46% das empresas tinham receitas de $ 1 bilhão ou mais; 35% das empresas tinham receitas entre $ 100 milhões e $ 1 bilhão; 15% das empresas tinham receitas de até $ 100 milhões; 55% das empresas eram privadas.
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FONTE PwC