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SÃO PAULO, 29 de abril de 2020
SÃO PAULO, 29 de abril de 2020 /PRNewswire/ -- Após anos de importante crescimento, o setor de shopping centers no Brasil se vê diante de uma das maiores crises de sua história. Isto porque, com a chegada do novo coronavírus (Covid-19) ao País, governos estaduais e municipais em diversas regiões decretaram o fechamento destes empreendimentos como forma de impedir a aglomeração de pessoas e, consequentemente, barrar o contágio da população em uma velocidade superior à capacidade de atendimento dos sistemas de saúde público e privado.
Segundo estimativas da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), o setor poderá perder cerca de R$ 15 bilhões em vendas por mês por causa deste fechamento, levando em consideração as projeções de faturamento anual, estimado em R$ 180 bilhões ao ano, bem como a duração das medidas de isolamento (cerca de 30 dias, com alta probabilidade de prorrogação).
Como consequência desta queda nas vendas, há grande preocupação também com os pedidos de renegociação e/ou suspensão do pagamento de aluguéis e do fundo de promoção e propaganda durante este período de quarentena. Com os possíveis impasses nas negociações entre administradores e lojistas, aumenta o risco de uma maior judicialização dos contratos dos shopping centers ao longo deste ano.
Ainda que em algumas regiões os empreendimentos estão sendo reabertos – de acordo com a Abrasce, até o dia 22 de abril, 19 municípios e 10 Estados anunciaram decretos autorizando o funcionamento dos shopping centers –, esta retomada das atividades se dará de forma gradual e sob condições, como restrição no horário de funcionamento e no número de pessoas circulando pelos empreendimentos ao mesmo tempo, além da devida higienização de clientes, funcionários e ambientes.
Por fim, a Lafis acredita que, mesmo com a reabertura, o receio de parte da população em voltar a frequentar estes estabelecimentos, diante das notícias sobre a evolução dos casos de contaminados em todo o País, continuará por algumas semanas após a liberação de funcionamento destes empreendimentos. Além disso, a crise sanitária e econômica instaurada pelo Covid-19 vem exercendo grande impacto negativo sobre o mercado de trabalho, fazendo com que a renda das famílias permaneça altamente fragilizada nos próximos meses, o que adiará o consumo de itens não essenciais e gastos com lazer e entretenimento até o fim deste ano.
Especialista Responsável: Fernanda Rodrigues - Mestre em Economia Aplicada, pela Universidade Federal de São Carlos, atua como Especialista Setorial em Serviços ao Consumidor, canalizando esforços para o desenvolvimento e processamento de pesquisas quantitativas/qualitativas relacionadas aos mais variados tipos de serviços - comércio varejista geral, bancos, sistemas de saúde, e-business, entre outros.
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FONTE Lafis