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BRASÍLIA, Brasil, 2 de junho de 2020
BRASÍLIA, Brasil, 2 de junho de 2020 /PRNewswire/ -- A crise do Covid-19 está impactando diretamente no setor do turismo e dos serviços brasileiros. É preciso uma visão inovadora do setor e unir os esforços e os recursos públicos disponíveis para a sua recuperação.
Segundo o Art. 216 da Constituição Brasileira, constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:as formas de expressão; os modos de criar, fazer e viver; as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais e os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
Desta forma, cabe as entidades ligadas ao setor de serviços turísticos incluindo a hotelaria e aos setores de alimentação, envolvendo bares e restaurantes, fortemente prejudicado pela crise do Covid-19 reivindicar junto ao Ministério do Turismo, Secretária Especial da Cultura e da Agência Nacional da Cultura que sejam ouvidos de modo a serem incluídos nas decisões do Fundo Setorial do Audiovisual.
É sabido pela sociedade que o governo federal precisa se posicionar estrategicamente em relação aos recursos públicos destinados ao setor cultural. Do ponto de vista de orçamento de execução direta, o Fundo Setorial do Audiovisual é regido pelo Decreto 6.299 de 2007 e Decreto 8.281 de 2014, com saldo atual disponível no valor de 1,3 bilhão de reais.
Quando se fala em demandar ao Ministério do Turismo uma maior participação considera-se que a produção de audiovisual brasileiro pode se tornar uma grande plataforma de propaganda do turismo brasileiro, envolvendo as rotas turísticas existentes e novas rotas a serem desenvolvidas para aquecer a economia regional, e assim gerar emprego e renda, auxiliando na diminuição das desigualdades que assolam os estados brasileiros. É uma prática de unir o talento criativo dos professionais do audiovisual a serviço de um dos setores mais prejudicados da crise do Covid-19, o turismo, além de desenvolver as regiões remotas.
Um filme, por exemplo, que percorra ou que seja filmado na Costa do Descobrimento na Bahia, em cidades como Porto Seguro, Trancoso, Caraíva, Santa Cruz Cabrália faz um resgate histórico do descobrimento e da colonização do Brasil entre as praias deslumbrantes tendo como cenário as pousadas, os hotéis, os resorts, os restaurante entre outras estabelecimentos comerciais. Aventuras, romances, dramas, documentários e comédias podem ser gravados nas rotas turísticas. Naturalmente, após a exibição e veiculação bem sucedida do filme aumentarão a procura por estes destinos.
No caso de parques nacionais, pontos turísticos aumentará o número de visitação e os valores arrecadados. Mensurar os ganhos dos setores que se beneficiam do audiovisual tornam as cidades e regiões do Brasil mais interessante aos olhos dos investidores porque demonstra a inteligência dos negócios. Para a comunidade local, ser palco de uma produção de audiovisual é um reconhecimento à sua história, cultura e/ou belezas naturais, estimulando a melhoria contínua dos serviços prestados. O audiovisual é um grande aliado da indústria do turismo.
Um outro exemplo é a promoção da rica gastronomia brasileira auxiliando na internacionalização dos alimentos e produtos brasileiros. Filmes com sinopses retratando e promovendo os hábitos alimentares dos brasileiros, as criações gastronômicas podem otimizar ainda mais os recursos públicos obtidos.
O filme gravado na Costa do Descobrimento promove não apenas as praias e as hospedagens baianas, mas também a brasileiríssima moqueca e seus ingredientes, como por exemplo o óleo de dendê, o leite de coco e os peixes da região. Todos os ingredientes são produtos com potencial de exportação. Antes do prato principal, a entrada de acarajés, promovendo marcas de feijão fradinho, e a caipirinha de limão difundido a cachaça brasileira e o açúcar orgânico brasileiro.
Pode-se ampliar os benefícios ao comércio de souviners, aos pequenos negócios e ao empreendedorismo criativo local em agregar o turismo na agenda da produção do audiovisual e nas decisões do Fundo Setorial do Audiovisual.
O turismo é uma experiência, e é necessário iniciar a experiência sensorial pelas telas de cinema e pelos serviços de streaming. É momento para as entidades ligadas ao turismo requerer uma ampla participação do setor na formulação dos editais do Fundo Setorial do Audiovisual, assim como a representatividade técnica para julgar os projetos junto ao Ministério do Turismo, Secretaria Especial de Cultura e da Agência Nacional de Cinema.
Katiane Gouvêa. Consultora. Relações Institucionais e Governamentais. Conselheira da Câmara Setorial das Fibras Naturais do Ministério da Agricultura. Conselheira da Câmara Temática da Agricultura Orgânica do Ministério da Agricultura. Diretora e Coordenadora do Comitê de Cultura da Abrig - Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais. Foi Secretária do Audiovisual da Secretária Especial de Cultura, Assessora de Negócios Internacionais na Gerência de Exportação da Apex-Brasil - Agência Brasileira de Promoção a Exportação e Investimento e Professora Universitária . Atuou como conteudista e consultora nas áreas de design, inovação e mercado no SEBRAE e no Centro Brasil Design.
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Katiane Gouvêa (está Katiane Fátima de Gouvêa)
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