LAFIS: Pelo segundo mês consecutivo, combustíveis puxam inflação do mês

LAFIS: Pelo segundo mês consecutivo, combustíveis puxam inflação do mês

PR Newswire

SÃO PAULO, 11 de setembro de 2020

SÃO PAULO, 11 de setembro de 2020 /PRNewswire/ -- De acordo com a divulgação feita pelo IBGE, o IPCA variou +0,24% no mês de agosto deste ano, fazendo com que o índice acumulado em doze meses passe dos 2,31% em julho, para 2,44% neste agosto.

IPCA: resultado acumulado nos últimos 12 meses (IBGE)

Este último resultado representa o quarto mês consecutivo a demarcar aceleração do processo inflacionário acumulado em doze meses (como demostra o gráfico acima) após ter apresentado desaceleração por 5 meses (de janeiro à maio deste ano).

Cabe destacar que, apesar da variação positiva, o índice acumulado em 12 meses ainda se situa num patamar abaixo da meta de inflação estipulada pelo Banco Central.

Resultados dos grupos do IPCA em agosto (IBGE)

Grupo

Variação (%)

Impacto (p.p.)

Julho

Agosto

Julho

Agosto

Índice Geral

0,36

0,24

0,36

0,24

Transportes

0,78

0,82

0,15

0,16

Alimentação e bebidas

0,01

0,78

0,00

0,15

Saúde e cuidados pessoais

0,44

0,50

0,06

0,07

Habitação

0,80

0,36

0,13

0,05

Comunicação

0,51

0,67

0,03

0,04

Artigos de residência

0,90

0,56

0,03

0,02

Despesas pessoais

-0,11

-0,01

-0,01

0,00

Vestuário

-0,52

-0,78

-0,02

-0,03

Educação

-0,12

-3,47

-0,01

-0,22

Fonte: IBGE

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis apresentaram alta em agosto. O maior impacto (0,16 ponto percentual) veio de Transportes (0,82%), influenciados principalmente pela alta nos preços dos combustíveis: gasolina (3,22%), além do óleo diesel (2,49%), etanol (1,29%) e gás veicular (0,79%).

A segunda maior contribuição (0,15 p.p.) veio do grupo Alimentação e Bebidas (0,78%). Os alimentos para consumo no domicílio tiveram alta de 1,15%, influenciados principalmente pela elevação nos preços do tomate (12,98%), do leite longa vida (4,84%), das frutas (3,37%) e das carnes (3,33%), do óleo de soja (9,48%) e do arroz (3,08%), este último que ganhou destaque na mídia atualmente e promete continuar pressionando a inflação por pelo menos mais um mês.

Pelo lado das deflações, as quedas dos grupos Despesas Pessoais, Vestuário e Educação demostram que os efeitos depressivos da crise do Covid-19 na demanda agregada ainda persistem. Vale destacar que, não fossem os descontos em cursos regulares contidos dentro do grupo Educação, a inflação oficial do país teria subido 0,48% em agosto, o quê explica razões da população ter a percepção de que o índice deveria expressar variação mais intensa do que a apresentada, ou seja os preços de itens de consumo mais frequente apresentaram maior inflação no mês, mas foram parcialmente neutralizados por itens de consumo menos frequente e mais específico a certos extratos da população.

Projeção: Tal resultado esteve em linha com as previsões da Lafis, o que torna natural a manutenção da projeção para o (IPCA) de 1,78% ao fim de 2020, abaixo do piso da meta estipulada pelo Bacen (2,5%, em 2020) e distante do centro da meta para o mesmo ano (4,0%).

Economista Responsável: Felipe Souza.

CONTATO: WWW.LAFIS.COM.BR  |  SÃO PAULO SP  |  ATENDIMENTO@LAFIS.COM.BR        

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FONTE Lafis

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