CGTN: A China pede uma revolução verde global na era pós-COVID

CGTN: A China pede uma revolução verde global na era pós-COVID

PR Newswire

PEQUIM, 25 de setembro de 2020

PEQUIM, 25 de setembro de 2020 /PRNewswire/ -- Enquanto o mundo luta para reviver a economia ao longo da pandemia da COVID-19, a China pediu esforços globais para lançar uma revolução verde e empenho para atingir o carbono neutro antes de 2060.

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"A COVID-19 nos lembra que a humanidade deve lançar uma revolução verde e criar rapidamente uma forma verde de desenvolvimento e de vida," disse o presidente chinês Xi Jinping em um discurso, feito via vídeo link, no Debate Geral da 75ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, na terça-feira.

Xi exortou todos os países a "darem passos decisivos" para honrar o Acordo de Paris de 2015 sobre as mudanças climáticas, no qual cerca de 200 países prometeram controlar as emissões de gases de efeito estufa para manter o aumento da temperatura global neste século bem abaixo de dois graus Celsius acima dos níveis pré-industriais e continuar os esforços para limitar o aumento da temperatura ainda mais a 1,5 graus Celsius.

A China tem como objetivo "ter o pico de emissões de CO2 antes de 2030 e chegar ao carbono neutro antes de 2060," disse ele.

Ele também solicitou uma "recuperação verde da economia mundial na era pós-COVID" e esforços para atingir desenvolvimento sustentável em todos os países.

A mensagem de Xi ganhou muitos aplausos. "O anúncio de hoje do presidente Xi Jinping de que a China pretende alcançar a neutralidade de carbono antes de 2060 é uma notícia grande e importante", disse Todd Stern, enviado do clima dos EUA sob a administração de Obama e que trabalhou na intermediação de um acordo climático bilateral com a China em 2014. Ele chamou o anúncio de um passo "encorajador".

O pedido também foi bem recebido pela União Europeia. "Eu saúdo o anúncio que o presidente Xi fez de que a China estabeleceu uma data para o pico das suas emissões de CO2 e que se tornará carbono neutro antes de 2060", disse Frans Timmermans, vice-presidente do European Green Deal (Acordo verde europeu).

A China fica mais verde 

Como o maior país em desenvolvimento e a segunda maior economia do mundo, a China está trabalhando bastante para coordenar o crescimento econômico e a proteção ambiental. 

Por um lado, ela está transformando sua estrutura econômica e padrão de crescimento como parte dos esforços para atingir desenvolvimento de alta qualidade; por outro lado, o país incluiu lutar contra a poluição entre suas "três batalhas duras" – junto com a luta contra importantes riscos e pobreza – no seu caminho para chegar a uma sociedade moderadamente próspera até 2020.

Xi sempre atribuiu grande importância à proteção ambiental e ao desenvolvimento verde.

Há 15 anos, como secretário do Comitê da província de Zhejiang do Partido Comunista da China (CPC), ele propôs um conceito de que "águas límpidas e montanhas exuberantes são bens de valor inestimável", o que posteriormente se tornou uma ideia famosa sobre desenvolvimento verde em todo o país.

Após se tornar secretário geral do comitê central do CPC e presidente da China, Xi repetidamente salientou a importância da proteção ecológica em diversas ocasiões, inclusive durante suas viagens de inspeção pelo país.

A China, que luta com problemas ambientais sérios como fumaça e poluição generalizada da água, está fazendo um progresso marcante no desenvolvimento verde e contribuindo para a causa mundial.

O país está no caminho de ultrapassar suas contribuições nacionais previstas até 2030 sob o Acordo de Paris graças a seus esforços de cortar o crescimento do uso de energia e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.

As emissões de CO2 por unidade do PIB caíram para quase a metade comparadas com 2005, cumprindo antecipadamente os objetivos estabelecidos de reduzir de 40 a 45% dos níveis de 2005 até 2020. E a promessa para 2030 é diminuir as emissões de CO2 por unidade do PIB em 60 a 65% dos níveis de 2005, com as emissões de CO2 atingindo o pico até 2030.

Em 2019, um estudo ambiental da NASA concluiu que entre 2000 e 2017, a China foi responsável por mais de um quarto das novas áreas verdes criadas no mundo, tornando-o o maior contribuinte mundial nesta área. 

Para apoiar o combate global contra as mudanças climáticas, em 2015 Xi prometeu 20 bilhões de iuanes (três bilhões de U.S. dólares) ao Fundo Chinês de Cooperação Climática Sul-Sul (China South-South Climate Cooperation Fund), que foram dedicados a ajudar outros países em desenvolvimento a ganhar a luta.

No ano passado, a China lançou a Coalizão internacional para o desenvolvimento verde no Cinturão e Rota para facilitar a implementação da Agenda de 2030 para o Desenvolvimento sustentável da ONU através de uma construção verde do Cinturão e Rota.

"Pedimos que todos os países busquem desenvolvimento inovador, coordenado, verde e aberto para todos, agarrem as oportunidades históricas apresentadas pela nova rodada da revolução científica e tecnológica e transformação industrial, atinjam a recuperação verde da economia mundial na era pós-COVID e criem uma força poderosa conduzindo ao desenvolvimento sustentável", Xi disse na terça-feira.

A China está cumprindo o que promete.

Vídeo - https://www.youtube.com/watch?v=8fV-fD2uZBs

FONTE CGTN

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