Os Impactos da Pandemia de COVID - no segmento de Shoppings Centers, dito por Wilson Borges Pereira IV

Os Impactos da Pandemia de COVID - no segmento de Shoppings Centers, dito por Wilson Borges Pereira IV

O setor tem se adaptado ao novo cenário

PR Newswire

RIO DE JANEIRO, 26 de outubro de 2020

RIO DE JANEIRO, 26 de outubro de 2020 /PRNewswire/ -- Há meses o Brasil enfrenta a pandemia do Covid-19. A reabertura dos shoppings centers registrada após flexibilização de decretos governamentais nos âmbitos estadual e municipal, deu início a uma transformação sem precedentes no segmento. E a partir de agora os estabelecimentos buscam alternativas para garantir a continuidade do consumo para superação da crise.

O novo cenário segue rigorosamente protocolos estabelecidos para acompanhar o retorno para a retomada gradual e responsável dos consumidores. Assim como no comércio de rua ou mesmo em outros negócios que voltam às atividades neste momento, em que a pandemia de coronavírus ainda perdura, é preciso uma adaptação, adoção de uma série de medidas que proporcionem segurança sanitária aos clientes, lojistas e fornecedores.

Segundo pesquisa, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que ouviu 3,2 milhões de empresas em funcionamento na primeira quinzena de agosto, a percepção de efeito negativo dos impactos da pandemia cresceu da segunda quinzena de julho para a primeira quinzena de agosto: de 37,5% para 38,6%.

Em contrapartida, o efeito positivo na pandemia, para alguns, também cresceu segundo a pesquisa: de 26,1% na segunda quinzena de julho para 27,5% em relação à primeira quinzena de agosto. Para 47,6% do comércio varejista, o impacto da pandemia tem sido negativo, 20% desse setor consideram o efeito pequeno ou inexistente, e 32,5% relatam um efeito positivo. As empresas de pequeno porte foram as que mais sofreram com a percepção negativa da pandemia, 38,8% delas declararam sentir efeito nas vendas.

Nos shoppings centers, a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) divulgou os seguintes dados: Em março, com o início do fechamento dos shoppings, a queda de vendas foi de 35,3%. Em abril, quando os 577 shoppings estavam fechados, a diminuição foi de 89%. Em maio, com a reabertura em algumas regiões do país, o índice indicou uma redução de 75,5%. A perda acumulada de janeiro a maio é de 44,3%, em comparação ao mesmo período de 2019. Até julho o setor apresentou queda acumulada de 67,1% nas vendas.

Com a reabertura dos shoppings, ainda houve uma desaceleração na queda das vendas em até 2 pontos percentuais semana após semana, o que mostra que, apesar de não ser um cenário ideal o setor tem conseguido se movimentar ainda que de forma gradual.

Wilson Borges Pereira IV, empresário do setor varejista, acredita que "os próximos meses serão marcados por dias intensos e de muito trabalho, reestruturação continua de estratégias, adaptação de espaços, implementar os canais digitais para acelerar os índices de faturamento. Será preciso buscar apoio e soluções constantes para o setor".

O comportamento do consumidor pós abertura está diferente, a começar pelo tempo de permanência no shopping. Na pré-pandemia, eram 1h12 minutos em média e, hoje, cerca de 25 minutos. No entanto, segundo monitoramento realizado pela Abrasce semanalmente, o ticket médio após a reabertura está 48% mais alto do que o ano anterior. Em maio de 2020, foi de R$ 136,46 em comparação aos R$ 92,20 do mesmo período do ano passado – mesmo com capacidade limitada. Esses dados indicam uma visita com o objetivo específico de compra, demonstrando que o consumidor está sendo mais assertivo, reduzindo o tempo de permanência nos locais. 

Além disso, a instituição verificou que serviços como as vendas on-line, delivery e drive-thru permanecem ativos e com aumento em grande escala, mesmo com a reabertura dos empreendimentos, o que demonstra que a população tem se adequado às novas formas de consumo.

FONTE Wilson Borges Pereira IV

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