Dor nas costas pode ser sinal de espondilite anquilosante, doença reumática altamente incapacitante, alerta SBR

Dor nas costas pode ser sinal de espondilite anquilosante, doença reumática altamente incapacitante, alerta SBR

PR Newswire

SÃO PAULO, 7 de maio de 2021

Maio, Mês de Atenção Mundial para Espondilite Anquilosante1

SÃO PAULO, 7 de maio de 2021 /PRNewswire/ -- Tudo começa com uma dor nas costas, que melhora com exercícios físicos e piora com repouso. De modo lento e progressivo, a dor se espalha pelas nádegas até alcançar a parte posterior das coxas. Com a dor, vem a rigidez matinal que persiste por  cerca de 30 minutos. Depois das costas, a doença pode atacar os quadris, joelhos, ombros e outras regiões do corpo2. Este é o perfil da espondilite anquilosante, uma doença inflamatória crônica de origem autoimune que afeta os tecidos conjuntivos, especialmente as articulações sacroilíacas (na região das nádegas), causando uma série de limitações2.  Com o passar do tempo, os ossos das vértebras crescem e formam nódulos, fundindo-se uns com outros, causando rigidez e dificuldade de movimentos. O paciente pode ficar tão curvado que fica impossibilitado de olhar para frente (somente para baixo)4.

A espondilite anquilosante acomete principalmente adultos jovens do sexo masculino – é de quatro a cinco vezes mais frequentes em homens do que mulheres. Os primeiros sinais podem surgir no final da adolescência, sendo mais frequente entre 17 e 45 anos de idade1,2. A causa é ainda desconhecida — pode haver predisposição genética — e não há cura, mas há tratamento3.

"Mesmo no estágio inicial, a dor nas costas pode dificultar a realização das atividades rotineiras, obrigando o paciente a solicitar licença temporária das funções profissionais", explica Dr. Ricardo Xavier, presidente da SBR.  "Muitos pacientes sofrem com a perda progressiva de sua capacidade de trabalho, o que pode resultar em aposentadoria precoce".

As dores, a rigidez articular e a perda gradual da mobilidade da coluna favorecem o surgimento de distúrbios mentais nos pacientes, principalmente depressão e ansiedade.

Diagnóstico e Tratamento: O diagnóstico é feito por um especialista (reumatologista), com base no exame clínico, histórico do paciente e teste de imagem por Raio-X – entretanto, acredita-se que quando o diagnóstico é confirmado por teste de raios-X, a doença já pode ter surgido há cerca de 7 a 10 anos3. O tratamento pode incluir medicamentos biológicos, sendo recomendável a pratica de exercícios físicos que promovam o fortalecimento muscular, alongamento e atividades aeróbicas. Os pacientes fumantes são incentivados a abandonar o tabagismo.

Para mais informação, baixe a cartilha sobre espondiloartrites, grupo de doenças da qual a espondilite anquilosante faz parte, em https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/espondiloartrites/

Referências

1.  Em https://spondylitis.org/events/world-as-day/

2.  Em https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/lombalgia/

3.  Em https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/

4.  https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/noticias/1624-dia-mundial-esclarece-sobre-a-espondilite-anquilosante

Mais sobre a SBR - A Sociedade Brasileira de Reumatologia é uma associação civil científica, sem fins lucrativos, que tem por objetivo promover o desenvolvimento científico e da especialidade no Brasil. A SBR é responsável pela certificação de especialistas em reumatologia, área médica que engloba quase 120 doenças inflamatórias crônicas. É filiada à AMB - Associação Médica Brasileira que,  em 2018, outorgou à  SBR certificado de boas práticas em gestão.  Para mais informações, basta acessar o endereço   www.reumatologia.org.br

 

FONTE Sociedade Brasileira de Reumatologia

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