Marta Fadel: "a arte nunca foi um mero entretenimento, ela tem sido humanitária para os tempos atuais"

Marta Fadel: "a arte nunca foi um mero entretenimento, ela tem sido humanitária para os tempos atuais"

A comemoração do centenário da Semana de Arte Moderna traz um alento para tempos tão difíceis de isolamento, doença, perdas e crises

PR Newswire

RIO DE JANEIRO, 25 de junho de 2021

RIO DE JANEIRO, 25 de junho de 2021 /PRNewswire/ -- E lá se foram 100 anos da semana que mudaria a concepção de arte para sempre no cenário nacional. Nascida em São Paulo, a Semana de Arte Moderna aconteceu em fevereiro de 1922. Teve como função romper o conservadorismo vigente no cenário da época.

Até então não havia um conceito que unisse os artistas. No período que se seguiu até a década de 1930 foi consolidada, então, uma linguagem estética própria dos modernistas brasileiros.

Nada mais justo do que comemorar o centenário da Semana de 22 com mais de 100 eventos distribuídos em 18 meses. A programação tem início em julho de 2021 e se estende até dezembro de 2022.

Cenário atual

Assim como 1922 pedia uma renovação no cenário artístico e cultural, os anos atuais a partir de 2020 pedem uma renovação de esperança por conta da pandemia de Covid-19, instaurada no mundo inteiro.

De acordo com a advogada e amante das artes, Marta Fadel, "a arte nunca foi um mero entretenimento, ela tem sido humanitária para os tempos atuais".

A comemoração do centenário da Semana de 22 traz um alento para tempos tão difíceis de isolamento, doença, perdas e crises. "Nossos olhos precisam de alimento. O historiador suíço Burckhardt afirmou certa vez: 'a contemplação, mais do que um dever, é uma obrigação. Ela representa nossa parcela de liberdade, em face do constrangimento das coisas e do Império da necessidade.'"

Nesse contexto, Marta Fadel argumenta: "Os quadros de uma coleção não resolvem os problemas do mundo, mas, talvez, ajudem a criar janelas para a sua imaginação. É hora de viajarmos para dentro, hora de fazermos perguntas e de repensarmos a vida. A arte sempre nos ajudou neste caminho."

Cenário em 1922

A Semana de Arte Moderna de 22 foi realizada durante cinco dias no Theatro Municipal de São Paulo.

Grandes nomes como os artistas plásticos Tarsila do Amaral, Candido Portinari, Anita Malfati, Di Cavalcanti, os escritores Manuel Bandeira, Menotti Del Picchia e Graça Aranha entre outros escritores, músicos e arquitetos propuseram o evento para marcar o Centenário da Independência.

O compromisso com a independência cultural do país criou um novo estilo: o modernismo. A principal base do movimento foram as artes plásticas, seguida pela força literária. 

A influência dos artistas da época estava fundamentada pelas vanguardas europeias e pela renovação geral no panorama da arte ocidental.

Programação

Artes visuais, audiovisual, dança, festivais, eventos multilinguagens, literatura, música, teatro, seminários, palestras, cursos e oficinais.

Tudo isso está inserido no projeto "Modernismo Hoje", uma ação coordenada pelas secretarias de Cultura e Economia Criativa e de Turismo de São Paulo.

A agenda para celebrar o centenário da Semana de 22 conta com mais de 100 eventos que acontecem no decorrer de 18 meses - de julho de 2021 a dezembro de 2022.

Mais informações

Histórico, artistas, obras, agenda da programação e informações sobre fomento estão no site oficial: cultura.sp.gov.br/semana22

Foto - https://mma.prnewswire.com/media/1551801/reproducao_semana_arte_moderna.jpg

FONTE Semana de Arte Moderna

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