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SAO PAULO, 7 de julho de 2021
SAO PAULO, 7 de julho de 2021 /PRNewswire/ -- Análises de dados apresentadas pela AbbVie (NYSE: ABBV) na Digestive Disease Week® (DDW) Virtual Conference 2021 mostraram que uma parcela maior de pacientes com doença de Crohn ativa moderada a grave tratados com duas diferentes doses de risanquizumabe (600 mg ou 1200 mg ) atingiu os desfechos co-primários de remissão clínica e resposta endoscópica na semana 12, em comparação com pacientes que receberam placebo (p <0,001 para cada), em dois estudos de indução de Fase 31. Esta foi a primeira apresentação de dados desses dois estudos, ADVANCE e MOTIVATE, após o anúncio de dados iniciais no início deste ano.
O estudo ADVANCE incluiu pacientes com intolerância ou resposta inadequada à terapia convencional (não bio-IR) e/ou terapia biológica (bio-IR) anterior. O estudo MOTIVATE avaliou apenas pacientes com bio-IR. No estudo ADVANCE, risanquizumabe mostrou eficácia independentemente do status de tratamento anterior, em análise de subgrupo em pacientes com doença de Crohn moderada a grave; os pacientes não bio-IR apresentaram taxas numericamente maiores de eficácia em comparação com os pacientes bio-IR1*
"Muitas pessoas com doença de Crohn - uma condição imprevisível que pode causar um impacto negativo significativo no aspecto físico, emocional e econômico de suas vidas - não conseguem controlar a doença com os tratamentos atuais", disse o médico Remo Panaccione, professor de medicina e diretor da unidade de DII (Doença Inflamatória Intestinal) da Universidade de Calgary. "Temos o prazer de apresentar estes dados no DDW que demonstram que risanquizumabe ajuda significativamente mais pacientes a atingir a remissão clínica e a resposta endoscópica na semana 12 em comparação a placebo".
Estes dados adicionais foram apresentados no DDW 2021 como parte da sessão "Clinical Science Late-Breaking Abstract Plenary" (Abstract #775ª, 23/05/2021).
Resultados de Eficácia na Semana 12, do estudo ADVANCE1 |
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Desfecho População |
Risanquizumabe 600 mg % (n/N) |
Risanquizumabe 1200 mg % (n/N) |
Placebo % (n/N) |
Remissão Clínica por CDAI (Protocolo dos EUA)a |
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Todos |
45.1 (152/336)* |
41.9 (142/339)* |
24.6 (43/175)* |
Não-Bio-IR |
48.6 (69/142) |
48.6 (69/142) |
23.1 (18/78) |
Bio-IR |
42.6 (83/194) |
37.1 (73/197) |
25.8 (25/97) |
Remissão Clínica por SF/AP (protocolo fora dos EUA)b |
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Todos |
43.5 (146/336)* |
41.3 (140/339)* |
21.1 (37/175)* |
Não-Bio-IR |
47.9 (68/142) |
45.1 (64/142) |
19.2 (15/78) |
Bio-IR |
40.2 (78/194) |
38.6 (76/197) |
22.7 (22/97) |
Resposta Endoscópica |
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Todos |
40.3 (135/336)* |
32.2 (109/339)* |
12.0 (21/175)* |
Não-Bio-IR |
50.2 (71/142) |
44.0 (62/142) |
12.8 (10/78) |
Bio-IR |
33.0 (64/194) |
23.7 (47/197) |
11.4 (11/97) |
Estudos de Eficácia no estudo MOTIVATE na Semana 121 |
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Desfecho População |
Risanquizumabe 600 mg % (n/N) |
Risanquizumabe 1200 mg % (n/N) |
Placebo % (n/N) |
Remissão Clínica por CDAI (Protocolo EUA)a |
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Bio-IR |
42.2 (80/191)* |
40.8 (78/191)* |
19.3 (36/187)* |
Remissão Clinica por por SF/AP (protocolo fora dos EUA)b |
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Bio-IR |
34.6 (66/191)* |
39.3 (75/191)* |
19.3 (36/187)* |
Resposta Endoscópicac |
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Bio-IR |
28.8 (55/191)* |
34.1 (65/191)* |
11.2 (21/187)* |
* Todas as diferenças entre todos os grupos de risanquizumabe e placebo são estatisticamente significativos, com valores de p <0.001. Testagem estatística não foi realizada para os subgrupos não- bio-IR e bio-IR, no estudo ADVANCE
a Remissão Clínica pelo protocolo dos EUA CDAI (Crohn's Disease Activity Index ) é definida como pontuação CDAI de <150.
b Remissão clínica por SF (frequência de evacuação)/AP (dor abdominal) (também referenciados como PRO-2; protocolo fora dos EUA) é definida pela média diária de SF de ≤2.8 e AP diária de ≤1, sem piora a partir do inicio do estudo, para ambos.
c Resposta endoscópica é definida como uma diminuição em pontuação endoscópica simples para doença de Crohn (SES-CD) >50 por cento a partir do inicio do estudo (ou para pacientes com doença ileal e uma pontuação no inicio do estudo SES-CD de 4, ≥2-pontos de redução a partir do inicio do estudo).
Durante o período de indução de 12 semanas, o perfil de segurança de risanquizumabe em ambos os estudos foi de forma geral consistente com o perfil de segurança conhecido de risanquizumabe em estudos clínicos anteriores.1 Não foram observados novos riscos de segurança.
No estudo ADVANCE, eventos adversos graves (EAGs) ocorreram em 7,2 por cento dos pacientes no grupo de risanquizumabe 600 mg e 3,8 por cento dos pacientes no grupo de risanquizumabe 1200 mg em comparação com 15,1 por cento dos pacientes no grupo que recebeu de placebo1. Os eventos adversos mais comuns (EAs) observados nos grupos de tratamento com risanquizumabe foram cefaleia, nasofaringe e fadiga1. As taxas de infecções graves foram de 0,8 e 0,5 por cento naqueles pacientes tratados com risanquizumabe 600 mg ou 1200 mg, respectivamente, e 3,8 por cento em pacientes que receberam placebo1. As taxas de EAs que levaram à descontinuação do medicamento do estudo foram 2,4 e 1,9 por cento dos pacientes tratados com risanquizumabe 600 mg ou 1200 mg, respectivamente, em comparação com 7,5 por cento com placebo1. No ADVANCE, foram reportadas duas mortes no grupo de placebo1; não foram relatados eventos cardíacos adversos maiores (MACE ) ou eventos de reação anafilática1.
No estudo MOTIVATE, EAs ocorreram em 4,9 por cento dos pacientes no grupo risanquizumabe 600 mg e 4,4 por cento dos pacientes no grupo de risanquizumabe 1200 mg, em comparação a 12,6 por cento dos pacientes no grupo que recebeu placebo1. Os EAs mais comuns observados nos grupos de tratamento com risanquizumabe foram cefaleia, artralgia e nasofaringe. As taxas de infecções graves foram de 0,5 e 1,0 por cento naqueles pacientes tratados com risanquizumabe 600 mg ou 1200 mg, respectivamente, e 2,4 por cento em pacientes que receberam placebo1. As taxas de EAs que levaram à descontinuação do medicamento no estudo foram 1,0 e 2,4 por cento dos pacientes tratados com risanquizumabe 600 mg ou 1200 mg, respectivamente, em comparação a 8,2 por cento com placebo1. Houve uma morte no grupo de risanquizumabe 1200 mg devido a carcinoma de células escamosas do pulmão diagnosticado no dia 8 do estudo, que foi avaliado como não relacionado ao medicamento do estudo pelo pesquisador. Não foi reportado MACE ou eventos de reação anafilática1. Os resultados desses estudos estão sendo submetidos para publicação em periódicos científicos. O uso de risanquizumabe em doença de Crohn não está aprovado e sua segurança e eficácia não foram avaliadas por autoridades regulatórias. O estudo de manutenção para a doença de Crohn está em andamento e, uma vez concluído, será submetido às autoridades regulatórias com os estudos de indução.
Risanquizumabe faz parte de uma colaboração entre Boehringer Ingelheim e AbbVie, com a AbbVie liderando o desenvolvimento e a comercialização globalmente, No Brasil, risanquizumabe está aprovado para o tratamento da psoríase em placas moderada a grave que são candidatos a terapia sistêmia ou fototerapia9,12.
Sobre doença de Crohn
A doença de Crohn é uma doença crônica e sistêmica que se manifesta como inflamação no trato gastrointestinal (ou digestivo), causando diarreia persistente, dor abdominal e sangramento retal 2,4,5. É uma doença progressiva, o que significa que piora com o tempo2,3. Como os sinais e sintomas da doença de Crohn são imprevisíveis, causa um fardo significativo para as pessoas que vivem com a doença - não apenas fisicamente, mas também emocional e economicamente4.
Sobre os estudos ADVANCE e MOTIVATE,6,7
ADVANCE e MOTIVATE são estudos de indução de fase 3, multicêntricos, randomizados, duplo-cegos, controlados por placebo, projetados para avaliar a eficácia e segurança de risanquizumabe em adultos com doença de Crohn moderada a grave. O objetivo dos dois estudos de indução de Fase 3 é avaliar a eficácia e segurança de duas doses de risanquizumabe, 600 mg e 1200 mg, em comparação com placebo. O estudo ADVANCE incluiu uma população mista de pacientes que responderam inadequadamente ou são intolerantes à terapia convencional e/ou biológica. O estudo MOTIVATE avaliou pacientes que responderam inadequadamente ou eram intolerantes à terapia biológica.
Ambos os estudos incluíram desfechos primários e secundários considerando os protocolos dos EUA e fora dos EUA. Os desfechos primários foram obtenção de remissão clínica (por CDAI para o protocolo dos EUA, que foi medido por uma pontuação CDAI inferior a 150, e por PRO-2 para o protocolo fora dos Estados Unidos, que foi medido pela frequência diária de fezes e pontuação de dor abdominal) e resposta endoscópica (para ambos os protocolos) na semana 12. A resposta endoscópica é definida como uma diminuição no SES-CD de mais de 50 por cento a partir do início do estudo (ou pelo menos uma redução maior ou igual a 50 por cento do início dos estudos em pacientes com doença ileal isolada e um SES-CD do início do estudo de 4), conforme pontuado por um revisor central. Mais informações podem ser encontradas em www.clinicaltrials.gov (ADVANCE: NCT03105128; MOTIVATE: NCT03104413).
Sobre risanquizumabe
Risanquizumabe é um inibidor da interleucina-23 (IL-23) que bloqueia seletivamente a IL-23, ligando-se à sua subunidade p198,9. IL-23, uma citocina envolvida em processos inflamatórios, está associada a uma série de doenças crônicas imunomediadas, incluindo doença de Crohn8,9.
Estudos de fase 3 de risanquizumabe em psoríase, doença de Crohn, retocolite ulcerativa e artrite psoriática estão em andamento 6,7,10,11. O uso de risanquizumabe para doença de Crohn não está aprovado pelas agências regulatórias e sua segurança e a eficácia não foram avaliadas pelas autoridades regulatórias, para Crohn. A indicação de risanquizumabe pode variar em cada país. No Brasil, risanquizumabe está aprovado para o tratamento da psoríase em placas moderada a grave que são candidatos a terapia sistêmia ou fototerapia9,12.
Sobre a AbbVie em Gastroenterologia
Com um robusto programa de estudos clínicos, a AbbVie está comprometida com pesquisas de ponta para impulsionar o tratamento de doenças inflamatórias intestinais (DII), como retocolite ulcerativa e doença de Crohn. Ao inovar, aprender e adaptar, a AbbVie aspira eliminar o fardo das DIIs e causar um impacto positivo de longo prazo na vida das pessoas com DII. Para obter mais informações sobre a AbbVie em gastroenterologia, acesse (disponível em inglês)
https://www.abbvie.com/our-science/therapeutic-focus-areas/immunology/immunology- focus-areas/gastroenterology.html
Sobre a AbbVie
A missão da AbbVie é descobrir e fornecer medicamentos inovadores que solucionem as questões mais sérias de saúde de hoje e enfrentem os desafios médicos de amanhã. Nós nos empenhamos em causar um impacto notável na vida das pessoas em várias áreas terapêuticas: Imunologia, Oncologia, Neurociência, Oftalmologia, Virologia, Saúde da Mulher e Gastrenterologia, além dos serviços e produtos da Allergan Aesthetics. Para mais informações, acesse www.abbvie.com.br. Siga@abbvie no Twitter, Facebook, Instagram, YouTube e LinkedIn.
No Brasil, a AbbVie começou a operar no início de 2014. Suas unidades de negócios locais incluem Imunologia, Oncologia, Neonatologia, Virologia, Oftalmologia, além dos serviços e produtos da Allergan Aesthetics. A AbbVie conduz mais de 64 estudos clínicos em Imunologia, Oncologia e Virologia, envolvendo mais de 800 pacientes brasileiros e 200 equipes e centros de pesquisa em todo o país. Twitter, Facebook, Instagram, YouTube and LinkedIn.
Referências
1. D'Haens G, Panaccione R, Colombel JF, et al. Risanquizumabe induction therapy in patients with moderate-to-severe Crohn's disease: results from the ADVANCE and MOTIVATE phase 3 studies. Presented at Digestive Disease Week® (DDW) Virtual Conference 2021, May 21–23. Abstract #775.
2. The Facts about Inflammatory Bowel Diseases. Crohn's & Colitis Foundation of America. 2014. Disponível em: https://www.crohnscolitisfoundation.org/sites/default/files/2019- 02/Updated%20IBD%20Factbook.pdf. Acessado em 9 de abril de 2021
3. Crohn's disease. Symptoms and Causes. Mayo Clinic. 2020. Disponívelem: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/crohns-disease/symptoms-causes/syc-20353304. Acessado em 9 de abril de 2021
4. The Economic Cost of Crohn's Disease and Ulcerative Colitis. Access Economics Pty Limited. 2007. Disponível em: https://www.crohnsandcolitis.com.au/site/wp-content/uploads/Deloitte-Access-Economics-Report.pdf. Acessado em 9 de abril de 2021
5. Kaplan G. The global burden of IBD: from 2015 to 2025. Nat Rev Gastroenterol Hepatol. 2015 Dec;12(12):720-7. doi: 10.1038/nrgastro.2015.150.
6. A Study of the Efficacy and Safety of Risanquizumabe in Participants With Moderately to Severely Active Crohn's Disease. ClinicalTrials.gov 2021. Disponível em https://www.clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT03105128. Acessado em 9 de abril de 2021
7. A Study to Assess the Efficacy and Safety of Risanquizumabe in Participants With Moderately to Severely Active Crohn's Disease Who Failed Prior Biologic Treatment. ClinicalTrials.gov. Disponível em https://www.clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT03104413. Acessado em 9 de abril de 2021
8. Duvallet E, Sererano L, Assier E, et al. Interleukin-23: a key cytokine in inflammatory diseases. Ann Med.2011. Nov 43(7):503-11.
9. SYRIZI (risanquizumabe) Bula no Brasil para pacientes, em https://www.abbvie.com.br/content/dam/abbvie-dotcom/br/documents/Skyrizi-VP.pdf
10. A Study to Assess the Safety and Efficacy of Risanquizumabe for Maintenance in Moderate to Severe Plaque Type Psoriasis (LIMMITLESS). ClinicalTrials.gov 2021. Disponível em: https://www.clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT03047395. Acessado em 9 de abril de 2021
11. A Study Comparing Risanquizumabe to Placebo in Participants With Active Psoriatic Arthritis Including Those Who Have a History of Inadequate Response or Intolerance to Biologic Therapy(Ies) (KEEPsAKE2). ClinicalTrials.gov 2021. Disponível em: https://www.clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT03671148. Acessado em 9 de abril de 2021
12. Diário Oficial da União. Disponível em https://www.jusbrasil.com.br/diarios/DOU/2019/05/27
FONTE AbbVie