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SÃO PAULO, 30 de setembro de 2021
SÃO PAULO, 30 de setembro de 2021 /PRNewswire/ -- O IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) e a Deloitte realizaram pesquisa "Os novos desafios de Comunicação para o RI - Responsabilidade Ambiental, Social e Governança nas Relações com Investidores".
A pesquisa demonstra que as organizações estão cada dia mais preocupadas em oferecer a seus investidores uma comunicação mais consistente e interativa e em fortalecer o uso de indicadores não financeiros que reforcem a pauta de ESG (do inglês Environmental, Social and Governance; em português, ASG – Ambiental, Social e Governança), como emissão de gases de efeito estufa e representatividade de minorias.
"As mudanças que ocorreram nos últimos anos, principalmente após o começo da pandemia, acentuaram a crescente oferta de conteúdos e informações sobre os investimentos das empresas e a facilidade de esses dados se tornarem públicos devido à internet. Com isso, a preocupação das empresas se voltou para como oferecer uma boa comunicação para seus investidores e a importância de focar em pautas de ESG e criar uma transparência nas relações. Este está sendo o novo foco", destaca Reinaldo Oliari, sócio de Audit & Assurance da Deloitte.
"A área de Relações com Investidores está passando por profundas transformações. Os profissionais precisam ter uma formação multidisciplinar. Além disso, há aumento do uso de novas tecnologias para ampliar a interatividade e prestação de contas. Existe, também, uma demanda crescente por informações referentes aos fatores ASG (Ambiental, Social e Governança)", declara Rodrigo Luz, Membro do Conselho de Administração do IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores).
Comunicação eficaz – Os desafios da comunicação fizeram com que as organizações colocassem em prática novas ações para responder ao crescente volume de conteúdos e informações que circulam na internet e podem impactar o valor da empresa. O estudo mostra que 75% das empresas respondentes estão focando na consistência das mensagens-chave; 63% na divulgação de indicadores não financeiros e 62% na criação de canais mais interativos e próximos aos investidores. Além disso, procuram criar um relacionamento mais direto e coeso com seus públicos de interesse.
Indicadores não financeiros – O estudo aponta que 86% das empresas participantes acreditam que criar indicadores não financeiros ajudam na transparência com o público, enquanto 65% entendem que isso eleva a confiabilidade e 49% consideram que a adoção desses indicadores faz com que as empresas ganhem no que diz respeito ao cumprimento do compromisso com os investidores.
A pesquisa traz, também, revelações sobre o que os representantes das organizações observam que o mercado, de forma geral, ganha com esses processos: 72% acreditam na melhor percepção dos valores de ESG; 68% na consistência das práticas de ESG e na disseminação das melhores práticas de governança; e 59% consideram que há o aumento da confiança de investidores estrangeiros no mercado local.
Apesar da crescente importância atribuída aos indicadores Ambientais, Sociais e de Governança corporativa, as empresas listadas ainda enfrentam desafios na implementação de métricas que demandem uma maior estruturação de práticas e políticas de ESG, tais como representatividade de grupos minoritários e gestão da cadeia de suprimentos.
O estudo revela que 74% das empresas esperam aumentar o orçamento de ESG para 2022 e o modo de comunicar os indicadores Ambientais, Sociais e de Governança também virou um ponto de preocupação. Entre as empresas listadas, 75% já têm sua estratégia alinhada aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU (Organização das Nações Unidas) e 73% divulgam relatórios de sustentabilidade ou documentos equivalentes, enquanto 69% adotam uma matriz de materialidade para questões ambientais e sociais. Sobre os indicadores que já estão sendo usados pelas empresas, a pesquisa mostra que 72% são indicadores ambientais, 65% sociais e 74% de governança.
Investidores pessoa física – Com os investidores pessoas físicas cada vez mais presentes na base acionária das empresas, a demanda por uma comunicação mais ágil, com novos formatos, linguagem e canais para o público aumentou, sendo que 83% das empresas listadas participantes disseram que lives e conferências são uma das formas mais eficazes de comunicação; na sequência vêm websites de Relações com Investidores (59%), e-mail (50%) e Youtube (44%). Como os meios de comunicação se diversificaram, Investor Days, releases para imprensa, LinkedIn, ações com influenciadores digitais, Instagram, Twitter e podcasts também estão sendo adotados como ferramentas de comunicação. Para uma aproximação maior com esses investidores, os respondentes identificaram os recursos de comunicação mais utilizados pelos influenciadores digitais: informalidade (59%), interação (59%), experiência pessoal (57%) e storytelling (56%).
Estratégia - O papel estratégico da área de Relações com Investidores e a complexidade do ambiente de negócios com as novas demandas advindas da consolidação da agenda ESG e do crescimento do número de investidores pessoa física colocam para as empresas a necessidade e o desafio de uma formação multidisciplinar para os profissionais. A pesquisa revela que 58% das empresas acreditam que a participação da liderança de RI nas decisões estratégicas da empresa aumentou em 2021, em comparação a 2020; 72% entendem que a multidisciplinaridade está entre os principais desafios para a formação de RIs.
Atualmente, as principais habilidades que são priorizadas pelas empresas para o profissional de RI são: agilidade, bom relacionamento interpessoal e pensamento crítico e analítico. Esses atributos não deixarão de ser importantes, mas outras habilidades voltadas para tecnologia e comunicação irão emergir nos próximos cinco anos e serão demandadas do profissional de Relações com Investidores.
Metodologia – A pesquisa "Os novos desafios de comunicação para o RI" foi elaborada com base em questionário on-line, entre julho e agosto de 2021. Participaram do estudo 65 empresas, entre as quais 68% estão listadas em Bolsa de Valores. Entre os respondentes, 77% ocupam cargos executivos em suas respectivas organizações; e 29% das empresas participantes têm receita líquida superior a R$ 7,5 bilhões. Participaram do levantamento empresas dos setores de infraestrutura e construção (30% da amostra), serviços (22%), atividades financeiras (20%), bens de consumo (17%), agronegócio, alimentos e bebidas (8%), Tecnologia da Informação e Telecom (1%), veículos e autopeças (1%) e comércio (1%).
Para conhecer o Relatório da Pesquisa IBRI Deloitte sobre "Os novos desafios de Comunicação para o RI – Responsabilidade Ambiental, Social e Governança nas Relações com Investidores", basta acessar o site do IBRI:
http://www.ibri.com.br/Upload/Arquivos/novidades/4310_IBRI_07.pdf
Para mais informações sobre a Pesquisa IBRI Deloitte:
http://www.ibri.com.br/Upload/Arquivos/novidades/4311_IBRI_Apresenta%C3%A7%C3%A3o.pptx
Assessoria de Comunicação do IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores)
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