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WACO, Texas, 29 de outubro de 2021
WACO, Texas, 29 de outubro de 2021 /PRNewswire/ -- Cientistas sociais e biomédicos da Universidade de Harvard e da Universidade de Baylor uniram forças para lançar a maior iniciativa desse tipo para investigar os fatores que influenciam o florescimento humano. Essa iniciativa de 43,4 milhões de dólares – "O Estudo Global do Florescimento" (GFS) – envolverá um estudo de cinco anos com 240 mil indivíduos representando 22 países do mundo, com coleta anual de dados que produzirão uma ampla gama de resultados sobre bem-estar. Esse esforço inclui a experiência em coleta de dados e gestão da Gallup e a coordenação de partes interessadas e liderança em ciência aberta do Centro de Ciência Aberta.
O que significa viver bem? Ser verdadeiramente saudável? Prosperar? Pesquisadores e médicos responderam tipicamente essas perguntas com base na presença ou ausência de várias patologias: doença, disfunção familiar, doença mental ou comportamento criminoso. Mas uma abordagem de "deficiências" como essa não diz muito sobre o que torna uma vida bem vivida, sobre o que significa florescer.
"O Estudo Global do Florescimento é exatamente o tipo de trabalho necessário para que se entenda profundamente a interação de elementos essenciais à experiência humana que nos ajudam a viver bem, a ser felizes e a ter uma sensação de significado e propósito", disse o Dr. Tyler VanderWeele, codiretor do projeto e Professor de Epidemiologia do John L. Loeb e Frances Lehman Loeb e diretor do Programa de Florescimento Humano da Harvard, que publicou artigos importantes sobre a avaliação do florescimento humano em grandes revistas científicas como a JAMA e a Proceedings of the National Academy of Sciences. "O projeto de pesquisa longitudinal nos permitirá avançar substancialmente no conhecimento científico sobre os determinantes do florescimento humano."
O Dr. Byron Johnson, diretor do projeto, Professor Ilustre de Ciências Sociais e diretor do Instituto de Estudos sobre Religião da Baylor, também comentou sobre a importância dos dados para melhor entender o papel da religião em um contexto global: "É uma oportunidade extraordinária para as equipes da Baylor e da Harvard realizarem um painel como esse. Como nosso tamanho de amostra é muito grande, poderemos examinar todas as grandes religiões do mundo e o papel que desempenham no florescimento humano."
O painel incluirá indivíduos da Argentina, Austrália, Brasil, Egito, Alemanha, Índia, Indonésia, Israel, Japão, Quênia, México, Nigéria, Filipinas, Polônia, Rússia, Turquia, África do Sul, Espanha, Tanzânia, Ucrânia, Reino Unido e Estados Unidos.
Nos próximos cinco anos, pelo menos, a equipe analisará dados longitudinais sobre os padrões, determinantes e causas e constituintes sociais, psicológicas, espirituais, políticas, econômicas e relacionados à saúde do florescimento humano. "Há vários exemplos de estudos baseados em probabilidade, com representatividade nacional, que rastreiam os mesmos entrevistados ao longo do tempo em um único país", explicou o Dr. Rajesh Srinivasan, diretor global de pesquisa da Gallup World Poll, "mas poucos tentaram envolver vários países. O escopo desse projeto é sem precedentes e provavelmente produzirá dados valiosos para pesquisas globais que utilizam esse tipo de metodologia."
A elaboração do questionário passou por um amplo desenvolvimento e feedback, incluindo meses de trabalho sobre aperfeiçoamento das perguntas, tradução, testes cognitivos e piloto. Esse trabalho está resumido em um relatório detalhado da Gallup.
A equipe de pesquisa fará parceria com o Centro de Ciência Aberta para tornar os dados do Estudo Global do Florescimento um recurso de acesso aberto para que pesquisadores, jornalistas, formuladores de políticas e educadores do mundo todo possam buscar informações detalhadas sobre o que faz a vida florescer. O Dr. David Mellor, diretor de políticas do Centro de Ciência Aberta, comentou: "O rigor e a transparência aplicados em sua análise aumentarão a confiança na pesquisa que resulta desse trabalho e reduzirão as barreiras para o acesso mundial igualitário a essas informações. Não poderíamos estar mais satisfeitos por fazer parceria com essas equipes para dar suporte a esse processo."
No geral, o objetivo é desenvolver um campo de estudos maduro em torno da ciência do florescimento humano, produzindo resultados de pesquisa que influenciem a direção das políticas sociais e de saúde. Como observou o CEO da Gallup, Jim Clifton, "O Estudo Global do Florescimento é uma inovação metodológica que pode realmente mudar o mundo, realmente mudar a forma como o mundo é conduzido". VanderWeele ratificou esses sentimentos: "Essa é uma tremenda oportunidade. Estamos muito ansiosos para ver o que nós, assim como outros pesquisadores em todo o mundo, aprenderemos."
Devido a seu escopo, foi necessário o apoio conjunto de um consórcio de financiadores para viabilizar financeiramente O Estudo Global do Florescimento, incluindo o apoio da John Templeton Foundation, do Templeton Religion Trust, da Templeton World Charity Foundation, do Fetzer Institute, da Paul Foster Family Foundation, do Wellbeing for Planet Earth Foundation, do Well Being Trust e da David & Carol Myers Foundation.
Juntamente com Johnson e VanderWeele, os membros da equipe da Baylor-Harvard incluem os Drs. Matt Bradshaw, Merve Balkaya-Ince, Brendan Case, Ying Chen, Alex Fogleman, Sung Joon Jang, Philip Jenkins, Thomas Kidd, Matthew T. Lee, Jeff Levin, Tim Lomas, Katelyn Long, Van Pham, Sarah Schnitker, John Ssozi, Robert Woodberry e George Yancey.
Sobre o Instituto de Estudos sobre Religião da Baylor
Lançado em 2004, o Instituto de Estudos sobre Religião (ISR) da Baylor inicia, apoia e realiza pesquisas sobre religião envolvendo acadêmicos e projetos que abrangem o espectro intelectual: história, psicologia, sociologia, economia, antropologia, ciência política, filosofia, epidemiologia, teologia e estudos religiosos. Nossas atribuições se estendem a todas as religiões, em todos os lugares e ao longo de toda a história e adotam o estudo dos efeitos religiosos sobre o comportamento pró-social, a vida familiar, a saúde da população, o desenvolvimento econômico e os conflitos sociais. Ao mesmo tempo que sempre se esforçam em obter a objetividade científica adequada, nossos acadêmicos tratam a religião com o respeito que as questões sagradas exigem e merecem.
Sobre o Programa de Florescimento Humano da Harvard
Fundado em 2016, o Programa de Florescimento Humano do Instituto de Ciência Social Quantitativa da Harvard tem como objetivo estudar e promover o florescimento humano e desenvolver abordagens sistemáticas para a síntese do conhecimento em todas as disciplinas. As pesquisas do programa contribuem para a ampla questão de como o conhecimento das ciências sociais quantitativas pode ser integrado ao das ciências humanas sobre questões de florescimento humano e como realizar da melhor forma essa síntese de conhecimentos em todas as disciplinas. O programa espera trazer uma maior unidade para as ciências sociais empíricas e para as ciências humanas. O programa produz publicações de pesquisas e patrocina atividades educacionais como cursos, seminários e conferências para a Comunidade da Universidade de Harvard, com o objetivo de reunir conhecimentos em várias disciplinas e refletir sobre a maneira como os conhecimentos provenientes de diferentes disciplinas podem formar um todo coerente.
Sobre a Gallup
A Gallup é uma empresa global de análises e consultoria com mais de 80 anos de experiência em medição da opinião pública e do desenvolvimento humano. Nas pesquisas da própria organização e no trabalho em parceria com organizações governamentais, sem fins lucrativos e filantrópicas, a Gallup desenvolve indicadores para medir os principais indicadores de desenvolvimento global e responsabilidade social ao longo do tempo.
Sobre o Centro de Ciências Abertas
Fundado em 2013, o COS é uma organização sem fins lucrativos de mudança cultural com a missão de aumentar a abertura, a integridade e a reprodutibilidade da pesquisa científica. O COS busca essa missão construindo comunidades em torno de práticas científicas abertas, apoiando pesquisas em metaciência e desenvolvendo e mantendo ferramentas de software abertas, incluindo a Open Science Framework (OSF). Saiba mais acessando cos.io.
Contato: Alex Fogleman, PhD, gerente de projeto da GFS do Instituto de Estudos sobre Religião da Universidade de Baylor, Alex_Fogleman@baylor.edu
Foto - https://mma.prnewswire.com/media/1672263/GFS_baylor_University.jpg
FONTE Baylor University