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SÃO PAULO, 8 de março de 2022
Estudo aponta que 1 em cada 4 mensagens dão destaque às mulheres e, se comparado com líderes masculinos possuem o triplo de representação nas áreas de negócios, política e jornalismo
SÃO PAULO, 8 de março de 2022 /PRNewswire/ -- O relatório "Mulheres líderes no limiar da visibilidade: análise das conversas digitais sobre figuras femininas na política, negócios e jornalismo" analisou 11 milhões de mensagens de 360 homens e 360 mulheres nos setores de negócios, política e jornalismo para avaliar a representatividade feminina nesses segmentos. Foram obtidos dados que mostram uma lacuna, onde apenas 25% dessas conversas no ambiente digital se referem às mulheres e que a tratativa é diferente em relação à figura masculina, além de ter sido comprovado que em cada localidade os dados variam. A pesquisa foi realizada pela consultoria de comunicação LLYC em 12 países (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, Estados Unidos, México, Panamá, Peru, Portugal e República Dominicana).
O estudo mostra as principais diferenças na atenção prestada às mulheres, especialmente no tom e conteúdo das conversas geradas à sua volta, em comparação com os homens. Para avaliar e trazer dados que comprovem essa distinção, a equipe de Deep Digital Business da LLYC usou técnicas de PLN (Processamento de Linguagem Natural) para apurar 11,5 milhões de mensagens publicadas no Twitter durante um ano, analisando quase 70 milhões de palavras e a tonalidade de cada uma para trazer uma avaliação qualitativa.
Os indicadores apresentados mostram a falta de visibilidade das lideranças femininas, onde 1 em cada 4 mensagens são referentes às mulheres. Ao olhar mais a fundo a situação, ela é mais acentuada em países como Portugal (17,1%), os EUA (18,3%) e o Equador (19,5%), que estão bem abaixo da média. Contudo, há uma presença igual no Peru (50,6%) e no Panamá (47,2%), e a República Dominicana destaca-se excepcionalmente, com 71,5% das mensagens transmitidas sobre as mulheres.
Um dado de destaque está relacionado às conversas sobre as lideranças femininas de cada setor, onde a área política representa 70% do total, a de negócios 26% e o jornalismo 3%. Quando se trata de empresárias, a representatividade é quase inexistente dentro dessas conversas: de cada 20 mensagens sobre negócios, apenas 1 é dirigida a figura feminina (5%) e de cada 100 mensagens a respeito de líderes, somente 1 é destinada às administradoras (1%).
O campo que se destacou com maior visibilidade às mulheres é o da comunicação, tendo 47,4% de representatividade em conversas sobre jornalistas influentes nesse segmento — número significativamente maior do que a dos homens nos EUA (mais 25%) e, das três áreas estudadas, a maior porcentagem de menções encontra-se na América Latina (37,07% do total).
"A visibilidade da figura feminina é um acelerador da igualdade, mas ainda é muito baixa na área de negócios. Infelizmente, uma jovem ativa nas redes e que sonha em gerir uma empresa, em um primeiro momento, só verá no Twitter figuras masculinas desempenhando tal papel. Esta análise vem para ajudar a todos a encontrarem respostas sobre a razão pela qual muitas mulheres ainda não conseguiram ultrapassar o limiar da visibilidade", afirma José Antonio Llorente, sócio fundador e presidente da LLYC.
Outro ponto que relevante está ligado à questão comportamental e a imagem, onde a mulher ao expressar sentimentos ou anseios, como ambição e desejo de crescimento são vistos de forma negativa, inversamente se comparado à figura masculina. A influência da imagem varia de acordo com cada país e setor, na esfera empresarial, sete prestam mais atenção à imagem masculina: Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Panamá e Portugal.
Contudo, a situação é oposta nos demais, em especial na Espanha (+153%), Peru (+64%), República Dominicana (+87%) e EUA (+23%), o que mostra a figura do homem nem sempre é a mesma em todas as localidades e, no total, as gestoras têm uma diferença de quase 32 pontos no número de vezes que a sua aparência é mencionada.
Por fim, o estudo também aponta que, nos 12 países analisados, a conversa mais violenta envolve homens, representando 3,65%. Com algumas exceções, onde os administradores são mais propensos a enfrentar este tipo de agressão verbal e que, entre as jornalistas estão mais expostas a algum tipo de ofensa. No caso das mulheres americanas, elas estão ainda mais sujeitas do que os homens até 24,12% a mais.
Os dados são para reforçar a necessidade de aumentar a visibilidade das lideranças femininas, especialmente na área de negócios, eliminar a objetificação e a infantilização da mulher, ter maior apoio dos homens na defesa pela equidade de gênero, além de fomentar mais conversas para corrigir erros e evitar preconceitos.
O relatório completo por ser conferido no site: Mulheres líderes no limiar da visibilidade
Sobre a LLYC
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FONTE LLYC