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SÃO PAULO, 10 de junho de 2022
Executivos discutiram o tema no Fraud Prevention Experience; encontro reuniu representantes de empresas como iFood, OLX, XP Investimentos, além de diretor da Febraban
SÃO PAULO, 10 de junho de 2022 /PRNewswire/ -- Na última semana, especialistas de prevenção à fraude e cibersegurança se reuniram em São Paulo para debater sobre a importância da priorização da agenda antifraude na atualidade. O encontro ocorreu em meio à primeira edição do Fraud Prevention Experience, evento organizado pela plataforma de prevenção à fraude AllowMe e contou ainda com a presença de executivos de empresas como iFood, OLX, XP Investimentos, Ebanx, entre outras.
Em um cenário em que fraudes e ataques cibernéticos são cada vez mais recorrentes, sejam as vítimas empresas ou consumidores, o tema tem ganhado relevância dentro das companhias. Compreender a partir de que momento essa preocupação deve ser considerada e como ela deve estar associada ao negócio foram alguns dos tópicos discutidos.
"Investimento em (prevenção de) fraude e cibersegurança e não é mais algo tático, mas estratégico", pontuou Eduardo Gouveia, presidente do conselho da Mapfre, ex-CEO da Cielo e investidor de startups. Gouveia foi também CEO da Multiplus Fidelidade e, no encontro, relatou o ataque que a empresa enfrentou sob sua gestão, ainda no início dos anos 2010. Para o executivo, em um universo em que a digitalização é certa e acelerada, essa pauta deve ser prioritária em todas as empresas, independente do tamanho e do segmento ao qual pertencem, sejam elas startups ou multinacionais.
"Se hoje eu sou evangelista de ciber (segurança) foi porque sofri com isso na pele. A pergunta hoje não é mais se você será invadido, mas quando exatamente. E justamente por isso, essa tem de ser uma pauta de conselhos, algo que deve ser entendido como tão estratégico quanto as áreas de People e ESG", reforçou Gouveia, salientando que essa tem sido a sua bandeira nos conselhos do qual participa e também junto às startups em que investe.
No encontro, foi consenso entre os especialistas o entendimento de que não há uma bala de prata, uma única linha de defesa. É preciso combinar uma série de camadas e processos para uma proteção efetiva e uma resposta rápida a eventuais ataques ou tentativas de fraude.
"Os fraudadores têm sido cada vez mais criativos e rápidos, trabalhando em conjunto e tentando ganhar escala", apontou Gustavo Monteiro, managing director do AllowMe, para quem a pauta deve ser considerada desde o dia zero de um negócio digital. "Hoje, a (área de) prevenção à fraude é indissociável do negócio. Não à toa, cada vez mais temos dialogado diretamente com as equipes de produto. Ter fraude zero é relativamente fácil, mas essa garantia certamente matará o negócio. É preciso encontrar um meio-termo, entregar um bom produto, mas que assegure também seu cliente e a sustentabilidade do negócio", reforçou.
Para Leandro Vilain, diretor de Política de Negócios e Operações da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), o grande desafio é justamente este: encontrar o ponto de equilíbrio para cada negócio. "Você tem de estar trabalhando a favor do seu cliente, mas sem atrapalhar sua jornada, algo que tem sido cada vez mais valorizado pelos usuários. A cultura do brasileiro é pela adoção muito rápida da tecnologia, mas ele também a abandona muito rapidamente caso a jornada não esteja favorável. Ele desinstala o aplicativo com uma facilidade impressionante", afirmou.
Nesse contexto, a combinação de ferramentas biométricas com análises de dispositivos e do comportamento do cliente foi apresentada como um dos caminhos mais efetivos para a identificação prévia de possíveis fraudes com mitigação da fricção para os usuários.
"Hoje temos uma relação quase que simbiótica com o celular, que é capaz de nos dar a maioria das respostas que precisamos para dizer se uma transação é ou não legítima. Ao mesmo tempo em que conseguimos coletar informações de contexto, o aparelho funciona também como canal para a captura de dados biométricos caso necessário", reforçou Monteiro.
Compreender se o dono do dispositivo é quem ele diz ser e se está de posse do celular no momento de determinada transação são informações capazes de serem aferidas sem qualquer impacto à jornada, assim como a identificação se aquele dispositivo está ou não relacionado à tentativas de fraude anteriores. "Nesse sentido, podemos dizer que o dispositivo é, sem dúvida, o principal orquestrador quando falamos de processos prevenção à fraude", completa o executivo do AllowMe.
FONTE AllowMe