Campanha "Eu Sinto" faz um alerta sobre sinais negligenciados da Doença Falciforme

Campanha "Eu Sinto" faz um alerta sobre sinais negligenciados da Doença Falciforme

PR Newswire

SÃO PAULO, 24 de junho de 2022

SÃO PAULO, 24 de junho de 2022 /PRNewswire/ -- A Doença Falciforme (DF) é caracterizada por alterações na estrutura dos glóbulos vermelhos do sangue (hemoglobina), tornando-os parecidos com uma foice ou meia lua, com fácil rompimento, causando anemia. No Brasil, estima-se que entre 50 mil e 100 mil pessoas tenham a Doença Falciforme, segundo o Ministério da Saúde. Oficialmente, são registrados cerca de 3,5 mil novos casos por ano, sendo que a maior incidência ocorre no Nordeste.

Essa condição é mais comum em indivíduos negros. A maioria das pessoas vivendo com a doença tem origens nas camadas sociais mais baixas e, muitas vezes, têm acesso limitado a serviços de saúde.

Para combater o preconceito, esclarecer a população sobre a doença e buscar intervenções que realmente tragam o aumento e a melhoria de vida desses pacientes, a Aprofe, instituição sem fins lucrativos e que tem a missão de ampliar o acesso aos tratamentos das doenças que afetam a população negra, em parceria com a ABHH – Associação Brasileira Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular e apoio da Colabore com o Futuro e outras associações de pacientes, desenvolveu a campanha #EuSinto. O objetivo é mostrar que Doença Falciforme é devastadora, mas não tem sinais aparentes e, por isso, é negligenciada pela sociedade.

"A iniciativa também tem como objetivo chamar a atenção para a necessidade de mudança nas políticas públicas, ampliando o acesso aos tratamentos e qualidade de vida dos pacientes com Doença Falciforme", afirma o Dr. Angelo Maiolino, Vice-Presidente da ABHH.

"Diante deste cenário e com o objetivo de aumentar a visibilidade da doença, queremos chamar a atenção da sociedade para a causa e tornar a saúde dos pacientes com doença falciforme uma prioridade do governo para melhorar, controlar e implementar e políticas públicas, sistemas de cobertura e disponibilização de cuidados e tratamentos, ressalta a coordenadora da Aprofe, Sheila Pereira.

Pesquisas apontam que 73% das pessoas que vivem com a doença pertencem aos quartis de menor renda da sociedade versus as pessoas sem a doença. Os estudos mostram que pessoas com esse tipo de hemoglobinopatia vivem até 40 anos a menos que a população em geral, e com menos qualidade. Enquanto a expectativa de vida geral é de cerca de 74 anos no Brasil, as pessoas com doença falciforme vivem somente até cerca de 32 anos.

As fortes crises de dor, chamadas de crises vaso-oclusivas (VOC), são a marca-registrada da DF e estão associadas ao aumento de hospitalização e mortalidade:

Esse contexto de hospitalização, mortalidade e baixa qualidade de vida traz um grande impacto para a sociedade brasileira. Estima-se que o custo anual da doença falciforme para o país seja maior que R$ 1,5 bilhão.

Além do enfrentamento das barreiras de iniquidade e preconceito, os pacientes com doença falciforme veem as oportunidades e esperanças do acesso a inovação em novas tecnologias em saúde serem preteridas em relação a outras doenças.

Por isso, até o Dia Mundial da Pessoa com Doença Falciforme, em 19 de junho, a Aprofe pretende realizar uma série de audiências públicas em vários estados para sensibilizar parlamentares e a sociedade sobre os desafios enfrentados pelos pacientes.

Mais informações sobre a campanha estão no portal https://www.eusinto.org/

CONTATO: Carolina Altheman, Telefone: 11 96847-0492, E-mail: Carolina.Altheman_ext@novartis.com

FONTE Colabore com o Futuro

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