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PEQUIM, 2 de dezembro de 2022
PEQUIM, 2 de dezembro de 2022 /PRNewswire/ -- Na quinta-feira, a China e a União Europeia (UE) apelaram ao aprofundamento de sua parceria estratégica abrangente para enfrentar vários desafios globais.
"Quanto mais instável a situação internacional e mais difíceis os desafios que o mundo enfrentar, maior a importância global das relações entre a China e a UE", disse o Presidente chinês, Xi Jinping, ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
"A UE deseja ser um parceiro de cooperação confiável e previsível para a China", afirmou Michel, que é o primeiro líder do Conselho Europeu a visitar o país após o 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCC).
Manter uma visão adequada, gerenciar corretamente as diferenças
Ao apelar ao aprofundamento das relações China-UE, o presidente chinês começou por enfatizar a importância de manter uma visão adequada.
Xi afirmou que não há quaisquer diferenças estratégicas ou conflitos fundamentais entre a China e a UE, acrescentando que a China não busca domínio ou hegemonia e que o país nunca tentou, nem tentará, exportar seu sistema.
A China apoia a autonomia estratégica da UE e a construção de uma Europa unida e próspera, afirmou Xi.
Destacando que é natural que os dois lados tenham visões diferentes sobre alguns assuntos, Xi apelou à UE para manter uma abordagem construtiva baseada na comunicação e na coordenação.
Antes da visita de Michel, Xi teve reuniões presenciais com vários líderes de países da UE, incluindo Emmanuel Macron, o presidente francês, paralelamente à 17ª Cúpula do Grupo dos 20, realizada em meados de novembro. Olaf Scholz, o chanceler alemão, também visitou a China em novembro.
Durante sua conversa com Scholz, Xi enfatizou que a China sempre considerou a Europa como um parceiro estratégico abrangente, acrescentando que o país apoia a autonomia estratégica da UE e deseja estabilidade e prosperidade para a Europa.
Michel disse a Xi que a UE está disponível para uma discussão aprofundada com a China sobre vários aspectos das relações entre as duas partes, "com um espírito de respeito mútuo e sinceridade".
A UE busca autonomia estratégica e está comprometida em desenvolver seus próprios recursos e prosseguir com a integração europeia, enfatizou Michel.
A UE defende a política de 'uma China unificada', respeitando a soberania e a integridade territorial chinesa, e não interferirá nos assuntos internos da China, acrescentou o presidente do Conselho Europeu.
Promover a cooperação, fortalecer a coordenação
O presidente chinês apelou a esforços conjuntos com a UE para fortalecer a coordenação de políticas macroeconômicas, aprofundar a complementaridade em termos de mercado, capital e tecnologia, e trabalhar em conjunto para criar novos motores de crescimento para a economia digital, o desenvolvimento sustentável, a proteção ambiental, as novas energias e a inteligência artificial.
De acordo com Xi, a China dá as boas-vindas à participação da UE no projeto Cinturão e Rota e na Iniciativa de Desenvolvimento Global, com o objetivo de criar maior sinergia com a estratégia do Portal Global da UE.
Em abril, em sua reunião por videoconferência com Michel e Ursula von der Leyen (presidente da Comissão Europeia), Xi apelou a uma maior sinergia entre as estratégias de desenvolvimento chinesa e europeia e a um aprofundamento da complementaridade entre o novo paradigma de desenvolvimento da China e a política comercial da UE, com o objetivo de promover uma autonomia estratégica aberta.
Michel enfatizou a importância do fortalecimento da comunicação para enfrentar a crise energética, as mudanças climáticas, os problemas de saúde pública e outros desafios globais, acrescentando que a UE trabalhará com a China para concluir um acordo de investimento entre as duas partes.
Apesar dos impactos negativos da pandemia da COVID-19, a China e a UE mantiveram uma cooperação econômica vigorosa: no ano passado, a China ultrapassou os EUA e tornou-se o maior parceiro comercial da UE, sendo que o volume de trocas comerciais bilaterais atingiu o valor recorde de 828,1 bilhões de USD.
De acordo com dados do Banco Mundial, a China e a UE são a segunda e a terceira maiores economias do mundo e sua participação do PIB global em 2021 foi de 18,5% e 17,8%, respectivamente.
As duas partes também compartilharam suas opiniões sobre a crise na Ucrânia.
Xi afirmou que um acordo político atende melhor aos interesses da Europa e aos interesses comuns de todos os países da Eurásia, destacando que a China apoia a UE na intensificação dos esforços de mediação e na construção de uma arquitetura de segurança equilibrada, eficaz e sustentável para toda a Europa.
A China permanecerá do lado da paz e continuará desempenhando, à sua maneira, um papel construtivo, acrescentou Xi.
FONTE CGTN