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PEQUIM, 11 de maio de 2023
PEQUIM, 11 de maio de 2023 /PRNewswire/ -- Desde que a China estabeleceu relações diplomáticas com cinco países da Ásia Central, há 31 anos, os intercâmbios regionais e a cooperação nos campos estratégico, econômico e de segurança têm feito progressos cada vez mais significativos.
Espera-se que este relacionamento atinja um novo patamar no final da próxima semana, quando a primeira Cúpula China-Ásia Central for realizada em Xi'an (província de Shaanxi, noroeste da China) - uma cidade conhecida como o ponto de partida da antiga Rota da Seda, que atravessava a Ásia Central para chegar à Europa. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores da China, Xi Jinping, o presidente chinês, será o anfitrião da cúpula, que contará com a presença dos chefes de Estado do Cazaquistão, do Quirguistão, do Tadjiquistão, do Turcomenistão e do Uzbequistão.
De acordo com os especialistas, essa reunião de chefes de Estado demonstra que a China e os países da Ásia Central compartilham vários interesses comuns e que a cooperação regional está se aprofundando em meio à crescente turbulência global.
Diplomacia de chefes de Estado
De acordo com Sun Zhuangzhi, pesquisador da Academia Chinesa de Ciências Sociais, "a diplomacia de chefes de Estado é a maior vantagem política da cooperação geral entre a China e os países da Ásia Central".
A cúpula poderá aumentar a confiança estratégica entre os vários países, criar mecanismos de cooperação e remover obstáculos políticos através da resolução de diferendos. Ao mesmo tempo, por meio da diplomacia dos chefes de Estado, é mais provável que esses países se apoiem mutuamente no que diz respeito a interesses centrais e à coordenação de suas ações em assuntos internacionais, o que pode ajudar a melhorar a governança global, escreveu Sun em um artigo recentemente publicado na revista Contemporary World.
Em janeiro do ano passado, o Presidente Xi presidiu uma cúpula virtual em comemoração do 30º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre a China e os países da Ásia Central. Um mês depois, altos representantes de cinco países da Ásia Central participaram da cerimônia de abertura das Olimpíadas de Inverno de Pequim. E o terceiro encontro entre ministros do exterior da China e da Ásia Central, realizada em junho, decidiu promover o encontro a uma cúpula de chefes de Estado.
Após essa reunião, Xi visitou o Cazaquistão e o Uzbequistão e participou da cúpula da Organização para a Cooperação de Xangai, realizada em setembro em Samarcanda - sua primeira grande visita ao exterior desde o surto de COVID-19.
Os especialistas dizem que essas atividades diplomáticas demonstraram a grande importância que a China atribui aos países da Ásia Central.
Deng Hao, pesquisador do Instituto Chinês de Estudos Internacionais, observou que um bom relacionamento entre a China e Ásia Central melhora o ambiente estratégico e de segurança nas regiões ocidentais da China, além de promover a estabilidade e o desenvolvimento nos países da Ásia Central - uma estratégia mutuamente benéfica.
Cooperação multipolar, resultados impressionantes
Deng escreveu no Journal of China International Studies que a China fez grandes conquistas diplomáticas nos países da Ásia Central - especialmente a construção de três mecanismos de cooperação: a Organização para a Cooperação de Xangai, a Iniciativa Cinturão e Rota e a reunião entre ministros do exterior da China e da Ásia Central.
Criada há mais de duas décadas com a missão de combater o terrorismo, o separatismo e o extremismo, a Organização para a Cooperação de Xangai tem como objetivo promover um ambiente de desenvolvimento seguro e estável para os respectivos membros. De acordo com Deng, ao longo dos anos, a Organização para a Cooperação de Xangai ajudou a construir um ambiente de cooperação em nível regional e internacional e criou inúmeras oportunidades de desenvolvimento para a região e para o mundo.
A Iniciativa Cinturão e Rota (ICR), anunciada por Xi em 2013 e focada na conectividade, tem como objetivo transformar a Ásia Central em um canal de ligação entre a China e a Europa, o que poderá ativar ainda mais os círculos econômicos asiáticos e europeus. Dez anos depois, a China assinou documentos de cooperação para a ICR com todos os países da Ásia Central, o que proporcionou resultados impressionantes no que diz respeito à construção de infraestruturas, à cooperação econômica e comercial e à assistência financeira.
Dados oficiais demonstram que o volume de trocas comerciais entre a China e os países da Ásia Central atingiu $70,2 bilhões em 2022, um aumento de mais de 100 vezes em comparação com o volume verificado no ano em que os laços diplomáticos foram estabelecidos.
"A ICR aproximou ainda mais a China e os cinco países da Ásia Central. A próxima Cúpula China-Ásia Central ajudará os seis países a consolidar sua amizade e a aprofundar seus instrumentos de cooperação, construindo uma comunidade com um futuro compartilhado", disse Yu Xiaoshuang, pesquisador do Instituto Chinês de Estudos Internacionais.
FONTE CGTN