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PARIS, 24 de junho de 2023
Conseguir 100 bilhões é o primeiro de muitos passos necessários para apoiar o Sul Global
PARIS, 24 de junho de 2023 /PRNewswire/ -- O Presidente Delegado da COP28, Dr. Sultan Al Jaber, discursou na Cúpula do Novo Pacto de Financiamento Global, em Paris, e deu as boas-vindas ao progresso para possibilitar o financiamento climático, ao mesmo tempo em que conclamou os representantes a irem mais longe.
Durante a Cúpula do Novo Pacto de Financiamento Global, em Paris, o Presidente da COP se reuniu com os principais líderes globais e climáticos, incluindo Emmanuel Macron, Presidente da França; Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente do Brasil; Mia Motley, Primeira-Ministra de Barbados; e Antonio Guterres, Secretário-Geral das Nações Unidas, para discutir a reforma do financiamento climático.
A cúpula, liderada pelo Presidente Macron e pela Primeira-Ministra de Barbados, Mia Motley, tem como alvo a reforma do financiamento global, e ela direciona mais recursos financeiros para ações climáticas e apoio às comunidades mais vulneráveis.
"O investimento em energia limpa em países de baixa renda representa menos de 2% do investimento global no setor, e menos de 10% dos $120 bilhões anuais, que é o requisito de referência", disse o Presidente Designado na cúpula.
"Precisamos trazer todos para a mesa em toda a comunidade financeira e usar todas as ferramentas disponíveis", afirmou. "Precisamos adotar uma abordagem abrangente e holística para um desafio global, ver a ação climática como uma oportunidade — não como um fardo, e agir em conjunto com propósito".
Sobre o financiamento, o Dr. Al Jaber reiterou a necessidade de as nações desenvolvidas cumprirem seu compromisso histórico de oferecer financiamento aos países em desenvolvimento, acrescentando que "os países doadores estão, finalmente, se aproximando de sua promessa de 100 bilhões em financiamento climático para o Sul Global. E repito: isso deve ser alcançado este ano. Mas, convenhamos — isso não passa de um paliativo ou analgésico para um problema que requer uma grande cirurgia".
"Para os países que menos fizeram para causar mudanças climáticas, o financiamento climático continua indisponível, inacessível e incomportável", declarou o Dr. Al Jaber. "Mudar essa equação requer trilhões em investimentos privados, não apenas bilhões em empréstimos multilaterais".
Ao discutir maneiras de liberar mais capital privado, o Dr. Al Jaber disse: "O segredo para atrair mais capital e financiamento privado é simplesmente reduzir o risco. Aumentar radicalmente o nível de financiamento concessional é um dos segredos para desbloquear o investimento comercial".
Com a reunião dedicada à reforma financeira, o Dr. Al Jaber participou de uma mesa redonda sobre mobilização de capital privado, realizada por Ajay Banga, Presidente do Grupo Banco Mundial; Mark Carney, Co-Presidente da Aliança Financeira de Glasgow para Zero Emissões Líquidas e enviado especial da ONU para ações climáticas e finanças; e Kristalina Georgieva, Diretora Administrativa do Fundo Monetário Internacional.
Na mesa redonda, o Dr. Al Jaber disse: "O financiamento climático está longe de estar disponível o suficiente, acessível o suficiente e comportável o suficiente — especialmente para os países do Sul Global. Para tornar o financiamento mais disponível, precisamos descobrir como atrair muito mais capital privado para o pool de investimentos. O capital privado é o multiplicador de forças que realmente pode mudar o jogo, quando se trata de financiamento climático eficaz. Para tornar o financiamento mais acessível, precisamos simplificar, acelerar e padronizar o acesso aos fundos climáticos em instituições financeiras internacionais e fundos especializados. E para tornar o financiamento mais comportável, devemos impulsionar a transparência e a descoberta de preços. Devemos oferecer a todos os participantes do mercado as ferramentas e os mecanismos capazes de diminuir a lacuna entre o risco percebido e o risco real, quando se trata de investir em economias emergentes e em desenvolvimento. Precisamos mudar a narrativa que vê o financiamento climático como um fardo, e reconhecê-lo como uma oportunidade econômica".
Após uma mesa redonda sobre os mercados voluntários de carbono, o Dr. Al Jaber disse: "Os mercados voluntários de carbono têm o potencial de se tornarem um poderoso capacitador no financiamento dos esforços de descarbonização nas indústrias, cidades e economias inteiras, especialmente em economias emergentes e em desenvolvimento. Para que alcancem seu potencial, devemos aumentar a credibilidade dos mercados de carbono e garantir que os mais altos padrões de integridade sejam firmemente implementados. Isso só pode ser feito por meio da colaboração entre governos, organizações e sociedade civil para criar um ambiente regulatório de apoio, estabelecer um campo equitativo e elevar padrões universais. Ao trabalhar em conjunto, agir em unidade e focar na integridade, o valor dessa ferramenta vital em nossos esforços de descarbonização coletiva aumentará".
O Presidente Designado também participou de uma sessão organizada pela Parceria dos Líderes Florestais e Climáticos, com foco no florestamento e na conservação da natureza.
Ao longo de sua viagem, o Dr. Al Jaber também fez reuniões privadas com vários líderes do setor, incluindo: Sua Excelência Anne Tvinnereim, Ministra de Desenvolvimento Internacional da Noruega; Patrick Pouyanne, CEO da Total; Catherine MacGregor, CEO da Engie; Agnes Pannier-Runacher, Ministra de Transição Energética da França; Larry Fink, CEO da Blackrock; Bruno le Maire, Ministro da Economia e Finanças da França; Madame Colonna, Ministra de Relações Exteriores da França.
O Dr. Al Jaber concluiu sua visita de três dias com reuniões adicionais, incluindo com Nirmala Sitharaman, Ministra das Finanças da Índia; Simon Stiell, Secretário Executivo da UNFCCC; Fatih Birol, Diretor Executivo da IEA; e John Kerry, Enviado Presidencial Especial dos EUA para Assuntos Climáticos.
Em suas observações finais, o Dr. Al Jaber enfatizou a urgência de agir agora: "Sabemos o que estamos tentando resolver, e conhecemos as falhas existentes. Para isso, devemos ser práticos e nos concentrar no "como". Vamos transformar nossas palavras em ações reais e tangíveis. Vamos trabalhar em sintonia em direção ao nosso objetivo comum. As mudanças climáticas não veem divisão entre o norte e o sul. É um problema global que requer verdadeira solução global. Não há discriminação entre povos ou países. É um desafio global que exigirá uma resposta global de todos, trabalhando juntos em unidade e solidariedade. Se agirmos em verdadeira unidade, poderemos aplicar ritmo e escopo para oferecer ação e esperança".
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Notas aos editores:
COP28 EAU:
FONTE COP28 UAE
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