Pesquisa aponta queda no consumo de cigarros eletrônicos entre os jovens americanos

Pesquisa aponta queda no consumo de cigarros eletrônicos entre os jovens americanos

PR Newswire

SÃO PAULO, 16 de novembro de 2023

SÃO PAULO, 16 de novembro de 2023 /PRNewswire/ -- O uso de cigarros eletrônicos entre adolescentes nos Estados Unidos está no ponto mais baixo em quase uma década. Esta é a conclusão de um estudo realizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) norte-americano. 

Em 2022, 14% dos jovens relataram usar vapes saborizados, esse número caiu para 10% em 2023. Especialistas locais acreditam que entre os fatores que causaram essa queda está o aumento dos preços e o aumento do limite de idade para 21 anos para permissão para comprar os produtos. "É encorajador ver esta diminuição substancial do consumo de cigarros eletrônicos entre os estudantes, o que é uma vitória para a saúde pública", declarou Brian King, diretor da divisão de tabaco do FDA (Food and Drug Administrations).

E os órgãos de fiscalização americanos seguem criando medidas para combater a ilegalidade com a aplicação de multas para as lojas que vendem esses produtos. Desde 2020, os produtos devem ser submetidos à análise do FDA que concede autorização para aqueles que são "apropriados para a proteção da saúde pública". Tal medida ocorreu após a crise Evali, em que produtos ilegais manipulados indevidamente causaram mortes no país.

Aqui no Brasil, um estudo do Ipec mostrou que cerca de 2,2 milhões de adultos consomem cigarros eletrônicos regularmente. O número vem crescendo, já que em 2018 eram 500 mil. No entanto, no país ainda não há regulamentação, o que faz com que os consumidores estejam expostos a um mercado 100% ilegal repleto de produtos com substâncias desconhecidas e que podem ser altamente prejudiciais à saúde.

De acordo com a farmacêutica e ex-consultora da Anvisa, Alessandra Bastos, estudos científicos independentes mostram que, quando regulamentados, os dispositivos podem ser até 95% menos prejudiciais à saúde do que o cigarro convencional, ou 20 vezes menos nocivo ao organismo. Por esse motivo, é importante a regulamentação ser vista como política de redução de danos à saúde e para que o produto seja destinado ao público correto, ou seja, adultos fumantes que querem diminuir ou parar de fumar.

"O mercado regulado possibilita o acesso a produtos com controle sanitário, monitoramento e fiscalização, que seguem todas as determinações das autoridades do país: advertências na embalagem, descrição de componentes, controle de concentração de nicotina e proibição da venda para menores de idade, por exemplo", explica.

FONTE Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) norte-americano

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