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SAO PAULO, 12 de dezembro de 2023
A Associação de Vítimas de Implantes Mamários Defeituosos, uma organização sem fins lucrativos, também estima que existam 400.000 vítimas em todo o mundo
SAO PAULO, 12 de dezembro de 2023 /PRNewswire/ -- Já se passaram 12 anos do escândalo das próteses mamárias defeituosas da marca PIP (Poly Implant Prothèse) e cerca de 30 mil mulheres brasileiras que sofreram com esses implantes, e que perderam a esperança de receber indenização pelos danos sofridos, agora têm uma oportunidade importante de fazer parte de um grupo de mulheres entrando com ação coletiva perante a Justiça francesa.
Essa é uma estimativa da Associação de Vítimas de Implantes Mamários Defeituosos (ASBVI, na sigla em inglês), uma organização sem fins lucrativos, criada em 2019, composta por cerca de 6 mil mulheres.
Essa associação criou uma campanha no Brasil com o objetivo de apresentar nos próximos meses um novo grupo de mulheres em processo perante a Justiça francesa, formado em sua maioria por vítimas brasileiras.
As mulheres brasileiras, que até hoje não tiveram a possibilidade de serem massivamente representadas neste caso e foram as grandes ausentes em um universo de dezenas de milhares de mulheres de mais de 40 países que fizeram parte dos grupos anteriores de demandantes, têm uma oportunidade única de reparação.
Este litígio, que já é um caso ganho pelas vítimas, com decisões favoráveis em todas as instâncias, contempla o pagamento de uma indemnização definitiva que varia entre os 9.000 e os 40.000 euros por cada vítima admitida.
A ASBVI estima que 400 mil mulheres tenham sido vítimas de próteses mamárias defeituosas da marca francesa PIP em todo o mundo.
O processo está entrando em sua fase final no próximo trimestre. A Associação de Vítimas de Implantes Mamários (ASBVI), uma organização sem fins lucrativos formada por vítimas do caso PIP, fez uma parceria com o escritório de advocacia Merci para apresentar no próximo trimestre um último grupo de demandantes formado principalmente por vítimas brasileiras.
"Desde a eclosão do escândalo, as mulheres brasileiras foram tomadas por um sentimento de impotência. Com o passar do tempo, essa impotência se transformou em resignação a um problema que, para elas, ficou no passado, sem solução. O caso foi esquecido, as mulheres do Brasil não tiveram a oportunidade de exigir justiça. Chegou a hora de mudar essa história", diz a advogada Nathalie Lozano Blanco, representante da Associação.
A Associação tem como objetivo apoiar as pessoas afetadas pelo uso de próteses mamárias defeituosas que há anos estão expostas ao sofrimento e à incerteza decorrentes de tal situação. À medida que a parceria consegue reunir mais pessoas, seus benefícios se tornam mais escaláveis.
"Que melhor maneira de encontrar soluções para problemas compartilhados do que unindo forças e capacidades? Muitos afetados, por exemplo, precisavam de serviços médicos mais baratos caso fossem solicitados sob o guarda-chuva de uma associação – é o caso dos diagnósticos necessários para obter uma indenização final mais condizente com os danos sofridos, o de cirurgias de explante ou troca de próteses", diz Nathalie Lozano Blanco.
FSB COMUNICAÇÃO
Felipe Castro – felipe.castro@fsb.com.br
Celso de Souza – celso.souza@fsb.com.br
FONTE Associação de Vítimas de Implantes Mamários Defeituosos