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GUANGZHOU, China, 14 de março de 2024
GUANGZHOU, China, 14 de março de 2024 /PRNewswire/ -- Uma reportagem do GDToday:
"Todos os países e regiões do mundo estão planejando sua economia para o longo prazo, como faz a China. Essa é a lição mais importante que precisamos aprender com os chineses", disse Paulo Feldmann, professor de economia da Universidade de São Paulo e autor de Management in Latin America: Threats and Opportunities in the Globalized World, ao GDToday em uma entrevista exclusiva.
IA, carros elétricos e produtos farmacêuticos da China atrairão mais investimentos estrangeiros
A China estabelece a meta de crescimento do PIB para 2024 em cerca de 5% nas "duas sessões". Feldmann acredita que a China tem um peso importante no crescimento em 2024 porque "até mesmo o FMI mudou sua previsão e concluiu que a China realmente crescerá mais do que o esperado no ano passado. A China é um dos melhores lugares para investir para todos os países."
Segundo o relatório de trabalho do governo apresentado na terça-feira à legislatura nacional para deliberação, as empresas estatais (SOEs), as empresas privadas e as empresas com financiamento estrangeiro são todas forças importantes na modernização da China.
Prometendo permanecer firme no aprofundamento da reforma, o relatório afirma que a China trabalhará para estimular o dinamismo de todos os tipos de entidades de mercado. O país criará mais empresas de classe mundial e implementará integralmente as diretrizes para facilitar o crescimento do setor privado e suas medidas de apoio, segundo o relatório.
Feldmann disse que "há dez anos, era o momento do investimento em infraestrutura. Mas agora a China conta com outros tipos de investimento que atrai a atenção de investidores internacionais, especialmente em áreas de altíssima tecnologia, onde a China é muito forte, como inteligência artificial, carros elétricos e produtos farmacêuticos." Enquanto isso, ele afirma que o fato de a China ter um mercado enorme continuará atraindo empresas estrangeiras relacionadas ao varejo.
Feldmann está otimista de que as relações comerciais entre a China e os EUA melhorarão. "A situação está diferente agora. Portanto, as discussões entre o governo americano e o governo chinês mostram que a situação está melhorando."
Espera-se que a América Latina coopere com a China em áreas como infraestrutura, educação etc.
Há muito tempo, a pobreza é um problema que assombra a América Latina. Considerando a redução da pobreza alcançada pela China, Feldmann sugeriu que a América do Sul precisa de mais cooperação com a China em termos de mercado, geração de empregos e redução da pobreza e da fome.
A infraestrutura é uma das questões mais importantes da América Latina. Feldmann disse que os países da América Latina precisam ter mais ferrovias, estradas e geração de energia elétrica para melhorar a produtividade e criar empregos.
"A China é a maior especialista do mundo em termos de construção de infraestrutura. E pode contribuir muito apoiando a América Latina nessa área."
Além disso, a colaboração educacional é outra área importante na qual Feldmann se concentra. "Será muito importante para nós ter melhores relações com as universidades chinesas." Tomando a Universidade de São Paulo como exemplo, que tem relações com universidades chinesas, especialmente com a Universidade Fudan em Xangai, Feldman espera explorar maiores oportunidades entre a China e a América Latina.
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FONTE GDToday