Novo tratamento aprovado pela Anvisa para câncer de pulmão metastático aumenta a sobrevida livre de progressão mediana da doença em cerca de 9 meses

Novo tratamento aprovado pela Anvisa para câncer de pulmão metastático aumenta a sobrevida livre de progressão mediana da doença em cerca de 9 meses

PR Newswire

SÃO PAULO, 3 de maio de 2024

Primeira combinação da terapia-alvo osimertinibe com quimioterapia para o tratamento em primeira linha metastático de pacientes com mutação EGFR aumenta a sobrevida livre de progressão mediana em cerca de 9 meses em comparação ao tratamento padrão

SÃO PAULO, 3 de maio de 2024 /PRNewswire/ -- AstraZeneca - O câncer de pulmão ocupa a quarta posição entre os tumores mais frequentes, com cerca de 32.560 novos casos por ano no Brasil[1], e é o mais letal dentre os tipos de câncer.[2] Somente em 2020, no Brasil, 28.618 pacientes falecerem em decorrência da doença, sendo mais de dois terços dos casos.[3] A recém-aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) da combinação de terapia-alvo, osimertinibe, com quimioterapia, a base de platina e pemetrexede, em primeira linha de tratamento para pacientes com câncer de pulmão não pequenas células avançado ou metastático com mutação do EGFR, traz uma nova opção de tratamento aos pacientes[4],[5].

Cerca de 84% dos casos de câncer de pulmão são descobertos em estágio avançado. Dos pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células, 25% apresentam mutação do EGFR[6]. Atualmente, o tratamento padrão preferencial recomendado pelo NCCN em primeira linha para esse subtipo da doença em estágio metastático é osimertinibe[7]. Entretando, foi observado que a combinação demonstra um aumento na sobrevida livre de progressão mediana em quase 9 meses em contrapartida ao que se tinha atualmente, e reduz em 38% o risco de progressão ou morte[3],[5].

"A eficácia e benefícios clínicos apresentados pela associação da terapia-alvo com quimioterapia, sugere que o osimertinibe é a droga backbone no tratamento de pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células com mutação do EGFR, e com a associação dos medicamentos é possível intensificar o tratamento, proporcionando um maior tempo sem que a doença progrida. Se tratando de câncer de pulmão, uma doença altamente letal, esse ganho é muito importante na jornada dos pacientes", reforça Tiago Kenji Takahashi, Diretor Técnico e Coordenador da pesquisa clínica em oncologia do Instituto de Oncologia DASA Santa Paula e Coordenador de pesquisa clínica em oncologia no Hospital Santa Paula.

A aprovação foi baseada no estudo Flaura2, o qual comparou o uso de osimertinibe em adição à quimioterapia com o uso de osimertinibe em monoterapia[3]. Ao todo, 557 pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células localmente avançado ou metastático, com mutação do EGFR, sem tratamento prévio e com metástase estável no sistema nervoso central, participaram do estudo[3].  

O estudo também demonstrou, em uma análise exploratória pré-especificada, benefício de sobrevida livre de progressão para pacientes com metástases cerebrais, visto que a associação de osimertinibe com quimioterapia teve mediana de sobrevida livre de progressão de 24,9 meses versus 13,8 meses para o braço de monoterapia, o que representa um ganho de 11 meses.[4] Após dois anos de acompanhamento, 73% dos pacientes tratados com a associação dos medicamentos tiveram resposta no sistema nervoso central, sendo 59% com resposta completa, já os tratados com osimertinibe em monoterapia, 69% tiveram resposta no sistema nervoso central, sendo 43% com resposta completa.[4] 

"O câncer de pulmão é o de maior incidência de metástase cerebral, correspondendo a 30%, e os pacientes com mutação do EGFR tem o dobro de chance de progressão da doença com metástase cerebral. A redução da progressão da doença ou morte por metástase é um importante achado desta combinação, que se mantém com um marco expressivo mesmo após dois anos, proporcionando um grande avanço no tratamento da doença", complementa Takahashi.

O perfil de segurança e tolerabilidade de osimertinibe em combinação com quimioterapia a base de platina e pemetrexede foi consistente com os perfis conhecidos de cada medicamento individualmente.[4]

Sobre a AstraZeneca   
A AstraZeneca é uma empresa biofarmacêutica global, orientada pela ciência, que está focada na descoberta, desenvolvimento e comercialização de medicamentos de prescrição médica em Oncologia, Doenças Raras e Biofarmacêuticos, incluindo Medicina Cardiovascular, Renal e Metabólica, Respiratória e Imunologia. Com sede em Cambridge, Reino Unido, a AstraZeneca opera em mais de 100 países e seus medicamentos inovadores são usados por milhões de pacientes em todo o mundo.    

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BR-30772

[1] INCA. Estimativa 2023. https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/estimativa-2023.pdf. Abril 2024.
[2] WHO, Lung cancer. Disponível: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/lung-cancer#:~:text=Lung%20cancer%20is%20the%20leading,when%20treatment%20options%20are%20limited. Abril 2024.
[3] INCA. Câncer de pulmão. https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/pulmao. Abril 2024.
[4] Planchard, D; Janne, PA; Cheng, Y; et al.. Osimertinib with or without Chemotherapy in EGFR-Mutated Advanced NSCLC. N Engl J Med. 2023 Nov 23;389(21):1935-1948. doi: 10.1056/NEJMoa2306434.
[5] DOU. RESOLUÇÃO-RE Nº 1.437. https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-re-n-1.437-de-15-de-abril-de-2024-554193324. Abril 2024.
[6] Lopes, GL; et al. Identificação de mutações ativadoras no gene EGFR: implicações no prognóstico e no tratamento do carcinoma pulmonar de células não pequenas. J Bras Pneumol. 2015; 41(4):365-375.
[7] NCCN. Clinical Practice Guidelines in Oncology for Non-Small Cell Lung Cancer Version 1.2024.©. Disponível em: https://www.nccn.org/.

 

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FONTE AstraZeneca

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