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BEIJING, 7 de setembro de 2024
BEIJING, 7 de setembro de 2024 /PRNewswire/ -- A ferrovia da Autoridade Ferroviária Tanzânia-Zâmbia (TAZARA), com 1.860 km de extensão, de Dar es Salaam, na Tanzânia, a New Kapiri Mposhi, na Zâmbia, serve para lembrar o relacionamento antigo entre a China e a Tanzânia.
Em seus 48 anos de operação, a ferrovia transportou mais de 30 milhões de toneladas de carga e mais de 40 milhões de passageiros, o que a transformou em uma via vital para garantir a operação econômica e o desenvolvimento da Tanzânia, Zâmbia e áreas adjacentes.
Na quarta-feira, os líderes dos três países participaram conjuntamente da assinatura de um memorando de intenções sobre o projeto de revitalização da ferrovia TAZARA, cujo objetivo é aprimorar ainda mais a rede de transporte intermodal ferroviário-marítimo na África Oriental.
Na nova era, a China continuou a proporcionar novas oportunidades aos países africanos e manteve seu compromisso com o direcionamento geral de confiança, benefício, aprendizado e assistência mútuos no crescimento das relações entre a China e a África.
Discursando na cerimônia de abertura da Cúpula de 2024 do Fórum de Cooperação entre a China e a África (FOCAC), na quinta-feira, o presidente chinês Xi Jinping afirmou que a China e a África estão ficando mais fortes e resilientes juntas, trazendo benefícios concretos para chineses e africanos e dando um exemplo notável de um novo tipo de relações internacionais.
Xi disse que as relações bilaterais entre a China e todos os países africanos que têm laços diplomáticos com a China foram alçadas ao nível de relações estratégicas e que a caracterização geral das relações entre a China e a África foi elevada a uma comunidade sino-africana sólida e com um futuro compartilhado na nova era.
Cooperação entre a China e a África em franco crescimento
Desde a sua criação em 2000, o FOCAC tem promovido continuamente o desenvolvimento das relações entre a China e a África, constituindo um excelente exemplo para a cooperação Sul-Sul e a cooperação internacional com a África.
Nos últimos 24 anos, a cooperação prática entre a China e a África produziu resultados frutíferos, e o intercâmbio em vários setores tem sido incrivelmente ativo.
O volume de comércio entre a China e a África aumentou de US$ 10,5 bilhões em 2000 para US$ 282,1 bilhões em 2023, ou seja, quase 26 vezes maior. Até o final de 2023, o volume de investimentos diretos da China na África havia ultrapassado US$ 40 bilhões.
Enquanto isso, os dois lados cooperaram na construção e modernização de quase 100.000 quilômetros de estradas, mais de 10.000 quilômetros de ferrovias, quase mil pontes e cem portos. Cinquenta e dois países africanos e a Comissão da União Africana assinaram documentos com a China sobre a cooperação no âmbito da iniciativa Cinturão e Rota (Belt and Road).
A construção de várias estradas, pontes e portos promoveu a conectividade no continente africano, graças à ajuda da China. Por exemplo, a ferrovia de bitola padrão Mombasa-Nairobi reduziu significativamente os custos de transporte e o tempo de viagem, fomentando o comércio. A ferrovia Adis Abeba-Djibuti conecta a Etiópia, sem litoral, ao porto de Djibuti, o que permite maior acesso aos mercados internacionais.
Em uma tentativa de aprofundar a cooperação entre a China e a África e liderar a modernização do Sul Global, Xi disse que a China está pronta para trabalhar com a África na execução de dez planos de ação de parceria nos próximos três anos, abrangendo as áreas de aprendizado mútuo entre civilizações, prosperidade comercial, cooperação na cadeia industrial, conectividade, cooperação para o desenvolvimento, saúde, agricultura e subsistência, intercâmbios culturais e entre pessoas, desenvolvimento sustentável e segurança comum.
A China vai ampliar o acesso dos produtos agrícolas africanos ao mercado, impulsionar a zona piloto para uma cooperação econômica e comercial profunda entre a China e a África e implementar 30 projetos de conectividade de infraestrutura na África, afirmou.
Ele acrescentou que a China enviará 2.000 profissionais da área médica para a África, lançará 20 programas sobre instalações de saúde e tratamento da malária e enviará 500 especialistas agrícolas para desenvolver o setor de saúde e a capacidade agrícola nos países africanos.
Um mesmo caminho para a modernização
Na nova era, a China e a África estão determinadas a estabelecer uma comunidade mais próxima com um futuro em comum e a se tornarem companheiras de viagem na exploração do caminho para a modernização.
A China ajudou a África a resolver problemas de desenvolvimento, como defasagem de infraestrutura, escassez de alimentos e de talentos, e a entrada na África também trouxe oportunidades para as empresas chinesas expandirem seus mercados no exterior.
Por exemplo, na costa da Tanzânia, a Sapphire Float Glass Factory, com investimento chinês, atende ao mercado local e exporta vidro float para outros seis países africanos. Inaugurado em setembro de 2023, a previsão era de que o projeto gerasse até 1.650 empregos diretos e 6.000 empregos indiretos ao atingir a capacidade total de produção. A fábrica criou 1.012 empregos diretos para os residentes e 3.857 empregos indiretos.
Já no setor agrícola, a China estabeleceu 24 centros de demonstração de tecnologia agrícola na África na última década e introduziu mais de 300 tecnologias agrícolas avançadas, aumentando a produtividade das safras locais em 30% a 60%, em média, e beneficiando mais de um milhão de agricultores em todo o continente.
Atualmente, mais de 200 empresas chinesas continuam investindo no setor agrícola africano, com um total acumulado de investimentos superior a US$ 1 bilhão. Esses investimentos estão distribuídos por várias áreas, incluindo suprimentos e máquinas agrícolas, agricultura, processamento e vendas.
"No caminho para a modernização, ninguém, e nenhum país, deve ser deixado para trás", disse Xi na cerimônia de abertura da cúpula do FOCAC de 2024, pedindo uma modernização conjunta que seja justa e equitativa, aberta e vantajosa para todos, que coloque as pessoas em primeiro lugar, que apresente diversidade e inclusão, que seja ambientalmente correta e que seja sustentada pela paz e segurança.
A busca conjunta da China e da África pela modernização desencadeará uma onda de modernização no Sul Global e abrirá um novo capítulo em nossa busca por uma comunidade com um futuro comum para a humanidade, disse ele.
FONTE CGTN