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LONDRES, 3 de outubro de 2024
Universidades brasileiras de ponta sobem em rankings regionais
LONDRES, 3 de outubro de 2024 /PRNewswire/ -- A QS Quacquarelli Symonds, analista global de educação superior, lançou a 14ª edição do QS World University Rankings: América Latina e Caribe. A edição de 2025 avalia 437 das melhores universidades da região em 23 países. A Universidade de São Paulo (USP), do Brasil, mantém sua posição como a instituição mais bem classificada, seguida de perto pela Pontificia Universidad Católica de Chile (UC) e pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que garantem o segundo e o terceiro lugares, respectivamente.
2025 QS World University Rankings: América Latina e Caribe: Top 10
2025 | 2024 | Universidade | País |
1 | 1 | Universidade de São Paulo | Brasil |
2 | 2 | Pontifícia Universidade Católica do Chile | Chile |
3 | 3 | Universidade Estadual de Campinas | Brasil |
4 | 4 | Tecnológico de Monterrey | México |
5 | 8 | Universidade Federal do Rio de Janeiro | Brasil |
6 | 5 | Universidade do Chile | Chile |
7 | 6 | Universidade de Los Andes | Colômbia |
8 | 10 | UNESP | Brasil |
9 | 7 | Universidade Nacional Autônoma do México | México |
10 | 9 | Universidade de Buenos Aires | Argentina |
O Brasil continua a afirmar seu domínio na região com 96 universidades classificadas, o maior número da América Latina, seguido pelo México (63), Colômbia (61), Argentina (45) e Chile (41). Entre as instituições brasileiras classificadas, 27 melhoraram suas posições, 34 mantiveram sua posição e 34 registraram queda. A Universidade do Estado do Pará fez sua estreia na faixa 301-350. Nove universidades brasileiras figuram entre as 25 melhores da América Latina, sendo que três mantiveram suas posições em relação ao ano passado e seis tiveram melhorias notáveis.
QS World University Rankings: América Latina 2025 | ||
2025 | 2024 | Universidade |
1 | 1 | Universidade de São Paulo |
3 | 3 | Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) |
5 | 8 | Universidade Federal do Rio de Janeiro |
8 | 10 | UNESP |
13 | 14 | Universidade Federal de Minas Gerais |
14 | 17 | Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro |
16 | 18 | Universidade Federal do Rio Grande do Sul |
21 | 23 | Universidade Federal de Santa Catarina |
25 | 25 | Universidade de Brasília |
28 | 27 | Universidade Federal de São Paulo |
29 | 30 | Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) |
32 | 37 | Universidade Federal do Paraná - UFPR |
49 | 48 | Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
54 | 55 | Universidade Federal Fluminense |
62 | 61 | Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) |
68 | =65 | Pontifícia Universidade Católica de São Paulo |
69 | 73 | Universidade Federal da Bahia |
70 | =70 | Universidade Federal de Santa Maria |
73 | 69 | Universidade Federal do Ceará (UFC) |
79 | 85 | Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) |
87 | 90 | Pontifícia Universidade Católica do Paraná |
89 | 112 | Universidade Presbiteriana Mackenzie |
94 | =93 | Universidade Federal de Viçosa (UFV) |
95 | 86 | Universidade Federal do Rio Grande do Norte |
97 | =91 | Universidade Federal de Pelotas |
99 | 101 | Universidade Federal da Paraíba |
Classificações completas disponíveis em www.TopUniversities.com |
O Brasil possui quatro universidades entre as 10 melhores, lideradas pela Universidade de São Paulo, em primeiro lugar. O país se destaca em indicadores-chave como Equipe com Doutorado (com a UNESP liderando regionalmente) e Impacto na Web, onde supera todas as outras nações da região. O Brasil também se destaca em Citações por Artigo, com três instituições entre as 10 primeiras: Universidade de São Paulo (4ª regionalmente), Universidade Estadual de Campinas (6ª) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (9ª).
O Brasil também se destaca na produtividade de pesquisa, medida pelo indicador Artigo por Docente, garantindo sete dos 10 primeiros lugares e 50 dos 100 primeiros. Além disso, 66% das instituições brasileiras melhoraram sua Reputação do entre Empregadores, com base nas opiniões de especialistas de mais de 105.000 gerentes internacionais de RH e outros gerentes com responsabilidades de contratação, com a Universidade de São Paulo se destacando como a única instituição entre as 10 primeiras. O Brasil também domina o indicador International Research Network (Rede Internacional de Pesquisa ocupando seis das 10 primeiras posições, liderado pela Universidade de São Paulo, que lidera tanto nacional quanto regionalmente.
A tabela abaixo ilustra a principal universidade brasileira para cada indicador.
Lentes | Indicador | Ponderação | Melhor universidade brasileira | Classificação regional por indicador | Classificação regional geral |
30 % | Universidade de São Paulo | 4 | 1 | ||
10 % | Universidade de Fortaleza | 3 | 201-250 | ||
5 % | Universidade de São Paulo | 1 | 1 | ||
Empregabilidade e resultados | 20 % | Universidade de São Paulo | 8 | 1 | |
Engajamento global | 10 % | Universidade de São Paulo | 1 | 1 | |
5 % | Universidade de São Paulo | 2 | 1 | ||
Experiência de aprendizado | 10 % | Universidade de Pernambuco | 5 | 201-250 | |
10 % | UNESP | 1 | 8 |
Apesar das conquistas significativas destacadas na classificação, o Brasil, assim como outros países latino-americanos, continua a enfrentar desafios como o subfinanciamento, a necessidade de ampliar o acesso e a participação de grupos sub--representados no ensino superior e o declínio da competitividade global em termos de impacto da pesquisa.
Ben Sowter, vice-presidente sênior da QS, enfatizou a necessidade de maiores investimentos na região: "As universidades brasileiras continuam a demonstrar realizações acadêmicas significativas, mas o sucesso a longo prazo depende da diversificação das fontes de financiamento e do aumento da autonomia institucional. O Brasil lidera a região em número de funcionários docentes com doutorado, com uma vantagem substancial sobre o Chile. Também está em primeiro lugar em Impacto na Web, que mede a presença on-line de uma instituição, e em segundo lugar em Artigos por Corpo Docente, uma medida fundamental do impacto da pesquisa."
Embora as recentes iniciativas do governo, como aumentos salariais e financiamento adicional para bolsas de estudo, tenham contribuído para uma maior estabilidade no setor de ensino superior brasileiro, ainda há desafios. Para garantir o crescimento sustentado e a inovação, é essencial expandir os fluxos de financiamento e garantir que as universidades permaneçam livres de influência política. Nesse contexto, o setor de ensino superior do Brasil pode se beneficiar dos programas de integração regional. O Grupo Montevidéu (AUGM) é uma iniciativa importante que envolve universidades do Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Uruguai e Paraguai, com investimentos significativos nos próximos oito anos. A iniciativa Mova La América oferecerá 500 bolsas de mestrado e doutorado para estágios em instituições federais brasileiras, com o apoio de um investimento de R$ 120 milhões do governo brasileiro. Também a CAPES, coordenação dedicada ao desenvolvimento de profissionais da educação superior no Brasil, acaba de realizar o pré-lançamento do programa CAPES Global, que deverá favorecer redes internacionais lideradas por instituições de alto desempenho científico, e incluirão universidades brasileiras e de várias regiões do mundo.
Destaques regionais
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FONTE QS Quacquarelli Symonds